AMARAL REBATE NOBLAT SOBRE BOICOTE A MARINA
Brasil 247
Em resposta ao artigo de Ricardo Noblat, que diz que Roberto
Amaral conspira contra candidatura de Marina Silva, novo presidente do PSB se
diz “vítima de ataque”: “Os idiotas de plantão desconheciam que eu havia
conversado com Marina Silva sobre esse procedimento, com meus colegas de
Executiva Nacional e com a família de Eduardo Campos”; sobre sua relação com o
PT, diz: “E não faço de adversários eventuais inimigos de carreira”
247 – O novo presidente do PSB, Roberto Amaral, rebateu
o artigo de Ricardo Noblat que o acusa de conspirar contra a candidatura de
Marina Silva. O socialista se diz “vítima de ataque”. Leia a nota oficial
publicada nesta terça-feira:
Hoje (19/08), fui agredido pelo pasquim eletrônico assinado
pelo ex-jornalista Ricardo Noblat.
A direita alugada não compreende minha integridade.
Irrita-lhe minha coerência política e meu papel como Presidente do Partido
Socialista Brasileiro (PSB), de cuja refundação fui responsável em 1985.
Fui vítima de ataque, que me apontou como artífice de
suposta conspiração contra Marina Silva. Continue lendo...
Noblat pretendeu, em sua manifestação tornar verídica sua
infundada tese, valendo-se de frase que atribuiu a Eduardo Campos, hoje morto.
Mortos não se defendem, tampouco atacam.
Logo que a tragédia da morte de Eduardo Campos se abateu
sobre o meu País e meu partido, nessa ordem, começou o assédio para que o PSB
anunciasse sua escolha óbvia para a recomposição da chapa presidencial.
A primeira cobrança foi feita ainda no aeroporto de
Congonhas quando me deslocava para saber do nosso líder. O mau jornalismo já
estava açodado na noite daquela quarta-feira fatídica. E não mais parou.
O partido e eu pessoalmente tomamos e mantivemos a decisão
ética - incompreensível aos que carecem dessa matéria prima - de que só
cuidaríamos de novos caminhos quando tivéssemos enterrado nosso amigo. Vivíamos
um luto e pedíamos respeito.
Distribui nota com esses esclarecimentos, bem como dei
fartas explicações aos que nos procuravam por definições.
Além da política, existem a vida e a morte, além da fofoca,
o respeito humano pelos que se foram e pelos que choravam.
Os idiotas de plantão desconheciam que eu havia conversado
com Marina Silva sobre esse procedimento, com meus colegas de Executiva
Nacional e com a família de Eduardo Campos.
Sepultado o líder, não cessam as dores. Mas os entendimentos
foram abertos, começando por conversar com Renata Campos e, em seguida, com
Marina.
Amanhã será a vez dos partidos que integram nossa coligação.
Nesse meio tempo, ouvi os companheiros dirigentes e nossos
principais quadros. Não cabe a um presidente socialista ter candidato, mas
conduzir o partido ao encontro da melhor solução e esta é aquela que mais nos
une e nos faz vencer o transe e a campanha.
Cabe-me construir, ouvindo. Buscar a melhor alternativa
partidária para a cabeça de chapa e seu vice. É o que estou fazendo.
Cabe-me levar o resultado aos partidos coligados e submeter
nossa proposta.
Tal decisão não é ato de exclusiva vontade do PSB. Muito
menos pertence à imprensa, como alguns parecem acreditar.
E o PSB decide e só decide através de suas instâncias
partidárias e meu dever é preservar essas instâncias e suas autonomias e exigir
que elas sejam respeitadas.
Sempre procurei fazer a grande política, deixando a política
miúda, da troca de favores, afagos e comissões para o baixo-clero. E não faço
de adversários eventuais inimigos de carreira.
Tanto eu quando Eduardo sempre preservamos a amizade de
Lula, de cujo governo fomos ministros dedicados. Isso jamais impediu um
legítimo projeto político do PSB e inclusive disputar com ele as eleições de
2002. (Brasil
247)
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