domingo, 21 de setembro de 2014

● ESCÂNDALO! O MENSALÃO PARAUARA - Veja o maior ato de corrupção da história tucana no Pará

DIÁLOGO DE FILHA DE JATENE EXPÕE GRANDE ESCÂNDALO
É um diálogo espantoso, mantido em segredo por três anos, que poderá revelar um dos maiores escândalos que o Pará já viu. Nele, Izabela Jatene de Souza, filha do governador Simão Jatene, pede ao subsecretário de Receitas da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa), Nilo Rendeiro de Noronha, a lista das 300 maiores empresas estaduais. “Consegue pra mim? Manda pro meu e-mail?”, pergunta Izabela, que, a seguir, explica: “Vamos começar a buscar esse dinheirinho deles, né?”. A resposta de Nilo: “Claro. Qual é o teu
e-mail?”.
Embora surpreendente, o diálogo é verídico e aconteceu entre abril e maio de 2011, poucos meses depois de Simão Jatene assumir o Governo do Estado. Segundo informações obtidas pelo DIÁRIO, o telefonema de Izabela Jatene para Nilo Rendeiro de Noronha foi grampeado por acaso: a Polícia Civil investigava o sequestro de um empresário, ocorrido em 31 de março de 2011, no município de Mãe do Rio.
Um dos integrantes do bando, de nome Gilson Silva de Almeida, era gerente de uma fazenda de Nilo, na região de Castanhal. Com autorização do juiz da Comarca, os telefones dos sequestradores e daqueles para quem ligavam foram grampeados. Quando Gilson ligou para o patrão, fez com que o celular de Nilo acabasse também grampeado sem que, naquele momento, a Polícia soubesse de quem se tratava.
Tão impressionante é o que teria ocorrido após a gravação desse diálogo: Quando a gravação veio à tona, foi montada uma operação abafa, orquestrada por toda a cúpula do Sistema de Segurança Pública do Pará, para proteger a filha do governador. Fontes contaram ao DIÁRIO que os policiais que trabalhavam no Guardião, o sistema de grampeamento telefônico do Núcleo de Inteligência da Polícia Civil, receberam ordem de apagar a gravação e destruir a transcrição.
Nada deveria ser mencionado no inquérito policial, que seria encaminhado, meses depois, ao Ministério Público. E, de fato, na documentação que o DIÁRIO tem em mãos, essa transcrição sumiu. O MP não tomou conhecimento do fato. Mas sobrou uma cópia da gravação da conversa, que agora foi entregue ao jornal. E você também pode ouvi-la, no site DOL
O telefonema de Izabela para Nilo Noronha dura cerca de um minuto e revela alguma intimidade. Primeiro, eles fazem piadas sobre a gripe de um conhecido de nome Ricardo (o mesmíssimo nome do marido de Izabela) e até riem juntos. Só depois é que a filha do governador revela o motivo da ligação: quer a lista das 300 maiores empresas do Estado, para começar a ir buscar “o dinheirinho deles” – e o “deles”, ao que parece, quer dizer os empresários. A pedido de Nilo, ela também fornece o e-mail para onde deverá ser remetida a listagem: izabelajatene@gmail.com.
Chama a atenção o fato de Nilo, que é auditor fiscal de receitas e servidor público de carreira, em nenhum momento se negar a atender um pedido tão estranho: fornecer uma listagem que é protegida por sigilo funcional e fiscal. E chama atenção mais ainda (pra não dizer assusta) que ele tenha respondido com um naturalíssimo “claro” à revelação do uso que seria feito da documentação. Mas tão ou mais surpreendente é a naturalidade com que a filha do governador explica o que pretende fazer: é como se fosse normal e não
fosse a sua primeira vez... Além disso, fica a pergunta: para que, afinal,
serviria esse “dinheirinho”? Para algum projeto do governo? Para uso pessoal?
Para o caixa dois das futuras campanhas eleitorais tucanas? (Diário do Pará)

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