MPF DENUNCIA SERVIDORES POR FRAUDE EM CONTRACHEQUE
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou um grupo de
dez servidores da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) por fraude na
folha de pagamento da instituição entre janeiro de 2010 e setembro de 2014. A
denúncia de ação penal foi aceita pela 4ª Vara da Justiça Federal no Pará.
De acordo com a denúncia, aproximadamente 90 servidores
da Ufra recebiam adicional de incentivo à qualificação, como se fossem
detentores de título de mestrado, mesmo sem nenhum processo administrativo que
comprovasse essas informações.
As investigações também apontam que os dez servidores
denunciados obtiveram enriquecimento ilícito de 52% acima do vencimento base a
que tinham direito.
Além dessa constatação, observou-se que em alguns
contracheques, após o pagamento indevido, os valores eram descontados no mês
seguinte, sem causar prejuízo ao erário.
Segundo a denúncia, essa manobra, realizada pelos
servidores responsáveis pelo sistema de pagamento, Dimas Lúcio da Silva Ribamar
e Carivaldo Souza dos Santos, tinha o objetivo de enganar instituições
financeiras para aumentar o vencimento base no contracheque e conseguir
empréstimos e financiamentos com mais facilidade.
Na ação assinada pelo procurador Alan Mansur, ele destaca
que grande parte dos servidores tem alguma ligação entre si, são parentes
próximos ou amigos de infância, bem como todos possuem empréstimos consignados
praticamente nos mesmos bancos.
O esquema foi desarticulado pela operação “Pós Stricto
Sensu”, deflagrada pela Polícia Federal (PF) no Pará em setembro de 2014. A
investigação da PF foi iniciada a partir de denúncia encaminhada pela área de
Gestão de Pessoas da própria instituição, depois que duas servidoras da
Universidade descobriram a fraude e fizeram denúncia administrativa.
Além dos dois servidores citados, os outros denunciados
são: Almir Barata Andrade, Antônio Lúcio Gomes Almeida, Antônio Sérgio da Silva
Araújo, Evandro Bomfim Mouzinho, Jefferson Silva dos Santos, José Tarcísio de
Paula, Luiz Gomes Almeida e Paulo Sérgio Nascimento de Oliveira.
Agora o grupo responde na Justiça Federal por peculato e
inserção de dados falsos em sistema de informações, com pena de 2 a 12 anos de
reclusão. (DOL com informações do MPF)
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