STF VOLTA ATRÁS E DECRETA SIGILO EM PROCESSO QUE
INVESTIGA RENAN
Menos de 24 horas depois de tornar público o inquérito
que investiga o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), envolvendo a
ex-amante do parlamentar, a jornalista Mônica Veloso, o ministro Edson Fachin,
relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), voltou a decretar sigilo do
processo. O caso, que remonta ao ano de 2007, ficou conhecido como “Renangate”.
A denúncia contra Renan já foi liberada por Fachin para ser julgada no plenário
do Supremo e, se for aprovada, o peemedebista passará a responder a processo
como réu. Ainda não há uma previsão para quando isso deve acontecer. A
Procuradoria-Geral da República (PGR) disse que não iria se pronunciar sobre o
restabelecimento da condição de sigilo do processo. O inquérito no STF
investiga o pagamento de pensão alimentícia à Mônica por um lobista da empresa
Mendes Júnior. Na denúncia, oferecida ao Supremo em 2013, a Procuradoria-Geral
da República acusa o presidente do Senado de uso de documento falso, falsidade
ideológica e peculato. O escândalo levou-o a renunciar à presidência do Senado
na ocasião para não ter o mandato o cassado. Os documentos do processo, que
ficaram disponíveis ontem no sistema do STF, mostram que Calheiros não tinha
recursos para bancar a pensão para a jornalista, com que ele teve uma filha
fora do casamento. Em troca de ter recebido recursos da empreiteira Mendes
Junior para arcar com seus gastos, o senador, segundo a acusação, apresentou
emendas que favoreciam a empresa. (Estadão Conteúdo)
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