EDUARDO CUNHA SERÁ JULGADO NO STF NA PRÓXIMA QUARTA-FEIRA
Presidente da Câmara enfrenta denúncias de corrupção
passiva e lavagem de dinheiro
O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou que as
denúncias apresentadas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), serão
julgadas na próxima quarta-feira (2).
Caso o inquérito seja aceito pelo plenário da Corte, o
deputado peemedebista se torna réu e responderá por crimes de corrupção passiva
e lavagem de dinheiro. Nesta quinta-feira (25), em entrevista coletiva na
Câmara, Cunha disse, no entanto, que tem condições de permanecer no comando da Casa,
mesmo na condição de réu.
"Já fui réu em outra ação aceita pelo Supremo em
2013. O Supremo decidiu por 5 a 3. E depois fui absolvido por unanimidade. Todo mundo tem
a presunção. Dou o meu próprio exemplo, já aconteceu comigo de eu ter sido
declarado réu e depois absolvido", rebateu o presidente da Câmara, ao ser
questionado sobre um possível afastamento.
Em uma das denúncias apresentadas pelo Ministério Público
Federal ao Supremo, Janot pede, ainda, o afastamento de Eduardo Cunha da Presidência
da Câmara, sob a alegação de que o deputado pode atrapalhar as investigações,
bem como eliminar provas que o incriminem. Continue lendo...
Algumas das denúncias contra Eduardo Cunha foram apresentadas
pela PGR no final do ano passado, às vésperas do recesso do Judiciário. Com
isso, o relator da Lava Jato no Supremo, ministro Teori Zavascki, optou por
deixar para o retorno dos trabalhos do Corte o anúncio sobre o aceite ou não
das denúncias.
Se o plenário do STF aceitar a denúncia contra Cunha, é
possível que entre, então, na análise o pedido de afastamento do cargo.
Além das denúncias no Supremo, Cunha enfrenta um pedido
de cassação de mandato por quebra de decoro parlamentar, apresentado no
ano passado pelo Psol ao Conselho de Ética da Câmara. O peemedebista é acusado
de mentir na CPI da Petrobras, ao negar que tivesse contas secretas no exterior.
No entanto, Cunha e seus aliados vêm manobrando o Regimento Interno da Casa
para adiar o julgamento. O processo já dura quatro meses, o mais longo do
Conselho de Ética. (Jornal do Brasil)
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