‘UAI, SERÁ QUE USARAM MEU NOME NESSE TREM?’, DIZ
CAPOTEIRO CHAMADO PARA DEPOR POR ENGANO NA LAVA JATO
Na última sexta-feira, o capoteiro Jorge Washington
Blanco, de 55 anos, ficou frente a frente com o juiz federal Sérgio Moro, que
conduz as ações da Operação Lava Jato. Por engano. O homônimo Jorge Blanco foi
intimado para depor como testemunha de acusação contra o pecuarista José Carlos
Bumlai, amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A força-tarefa da Lava
Jato procurava um executivo que seria ligado ao Banco Schahin. Segundo um dos
defensores presentes na audiência, ‘um uruguaio ou argentino’. “Uai, eu fiquei
meio assim, falei: será que usaram meu nome nesse trem? Eu nunca me envolvi com
nada errado. De uma hora pra outra aparece negócio de Lava Jato, coisa que eu
vejo falar na televisão”, disse. Diariamente, entre 11h30 até 18h30, o
capoteiro trabalha em uma loja em Belo Horizonte com capota e estofamento.
Casado, com dois filhos, Jorge Blanco disse que um deles pensou que a intimação
para comparecer à Justiça Federal, em Minas, se tratasse de uma brincadeira.
“Um deles falou: isso é negócio que põe na internet, o pessoal fica brincando.
Eu falei: comigo não foi brincadeira, não. O rapaz trouxe a intimação, olha
aqui.” Em videoconferência, Jorge Blanco respondeu a todas as perguntas. Nesta
entrevista, também. À reportagem, Jorge Blanco explicou, com muito bom humor, o
depoimento à maior investigação contra a corrupção do País. “Fui sozinho (para
a audiência). Pensei: pode ser um nome parecido. Moro em Belo Horizonte, nunca
viajei para Curitiba, nunca saí daqui”, afirmou o capoteiro, se referindo a
cidade base da Operação Lava Jato. “Esse juiz… Como é mesmo que ele se chama? É
Sérgio… Eu falei que eu era capoteiro, ele ficou rindo.” Leia mais no Estadão.
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