OFENSIVA DE PEEMEDEBISTA CHEGA A SEU ÁPICE
Mais de um ano depois de uma série de pressões contra o
governo e 157 dias após acolher o requerimento dos juristas Hélio Bicudo Miguel
Reale Júnior e Janaina Paschoal, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), chega neste domingo, 17, ao ápice de sua ofensiva – ou vingança,
como definem petistas – contra a presidente Dilma Rousseff. Às 14h, o
peemedebista, réu no Supremo Tribunal Federal sob acusação de envolvimento na
Lava Jato, abre a sessão de votação do impeachment da presidente.As desavenças entre
Cunha e Dilma vêm de bem antes daquela quarta-feira, 2 de dezembro de 2015, dia
em que Cunha instaurou o processo. No início de 2013, a presidente já não
demonstrava simpatia pelo peemedebista e o olhava com desconfiança. Quatro
meses depois, com Cunha já líder de seu partido, os dois se enfrentaram por
causa da MP dos Portos.No início de 2015, voltaram a medir força. Dilma apoiou
Arlindo Chinaglia (PT-SP), mas seu desafeto foi eleito presidente da Câmara.
Começava aí a agonia do governo. Na Casa, já se sabia que a abertura do
impeachment era questão de tempo.A deflagração do processo era moeda que Cunha
usava para negociar apoio no Conselho de Ética, onde será julgado sob acusação
de mentir ao afirmar que não tem contas no exterior. (Estadão Conteúdo)
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