quarta-feira, 11 de maio de 2016

● Renan era inimigo de Temer e indiferente com Aécio – isso são coisas do passado, para lançar mão no poder de graça sem disputar eleição vale qualquer coisa, até perdoar o inimigo

RENAN SE REAPROXIMA DO VICE NA RETA DECISIVA DO IMPEACHMENT
A presidente Dilma Rousseff chega isolada politicamente à votação que provavelmente vai instaurar o processo de impedimento por crime de responsabilidade, não podendo contar com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), seu maior aliado no Legislativo no segundo mandato, período marcado pelo agravamento das crises política, principalmente decorrente do avanço da Operação Lava Jato, e econômica, com o aumento do desemprego e da recessão. Renan esteve nesta terça, 10, com o beneficiário direto do afastamento de Dilma, o outrora desafeto dentro do PMDB e vice-presidente Michel Temer. Com o afastamento da presidente, ele vai assumir o comando do País por até 180 dias, período em que o Senado julgará se a petista cometeu crime por ter editado seis decretos de créditos suplementares sem o aval do Congresso e o Tesouro Nacional ter atrasado o pagamento de débitos com órgãos públicos, as chamadas pedaladas fiscais. O presidente do Senado, que nos últimos dias se afastou de Dilma e passou a avalizar Temer, disse que vai se esforçar para concluir a votação sobre a presidente ainda nesta quarta, 11. Está prevista uma maratona de discursos e questionamentos à votação, que vai começar às 9h.Pelo calendário, o encontro será realizado em três blocos, com intervalo de uma hora entre cada um deles: o primeiro ocorrerá das 9h ao meio-dia; o segundo, das 13h às 18h; e o terceiro começa às 19h e vai até o fim da votação. Renan disse que a tendência é de que os dois primeiros blocos sejam reservados para manifestações dos senadores, favoráveis e contrários ao afastamento de Dilma. Cada senador falará por até 15 minutos.Uma lista de inscrição dos senadores foi aberta às 15h de segunda-feira e, até o início da noite de terça, 66 dos 80 parlamentares tinham confirmado que iriam falar – o presidente do Senado não vai se manifestar nem votar, apenas conduzir os trabalhos. (Estadão Conteúdo)

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