REDE PEDE AFASTAMENTO DE RENAN AO SUPREMO
A Rede
Sustentabilidade entrou hoje (5) no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma ação
para afastar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do cargo. A
medida foi tomada após a decisão proferida pela Corte na semana passada, que
tornou Renan réu pelo crime de peculato. O relator do pedido liminar é o
ministro Marco Aurélio. No mês passado, a Corte começou a julgar a ação na qual
a Rede pede que o Supremo declare que réus não podem fazer parte da linha
sucessória da Presidência da República. Até o momento, há maioria de seis votos
pelo impedimento, mas o julgamento não foi encerrado em função de um pedido de
vista do ministro Dias Toffoli. De acordo com os advogados do partido, a
liminar é urgente porque o recesso no Supremo começa no dia 19 de dezembro, e
Renan deixará a presidência no dia 1º de fevereiro do ano que vem, quando a
Corte retorna ao trabalho. “Assim, ainda que o ministro Dias Toffoli solicite
prontamente a inclusão do processo em pauta, apresentando seu voto, é altamente
improvável que o julgamento da presente ADPF [tipo de ação] venha a ser
finalizado antes do término do mandato do senador Renan Calheiros, que se
encerra em 1º de fevereiro de 2017”, argumenta o partido. Até o momento,
votaram a favor de que réus não possam ocupar a linha sucessória o relator,
ministro Marco Aurélio, e os ministros Edson Fachin, Teori Zavascki, Rosa
Weber, Luiz Fux e Celso de Mello. Em nota divulgada na sexta-feira (2), o
gabinete de Toffoli informou que o ministro tem até o dia 21 de dezembro para
liberar o voto-vista, data na qual a Corte estará em recesso. (André Richter,
Agência Brasil)
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