quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

● Roubalheira que quebrou o Rio de Janeiro teve a participação de Eike Batista - Operação Eficiência da PF caça empresário para meter o bonitão no xilindró

● JUIZ QUE MANDOU PRENDER EIKE DIZ QUE ‘CUSTO-CORRUPÇÃO’ LEVOU RIO À CALAMIDADE - No despacho em que autorizou a deflagração da Operação Eficiência – desdobramento da Calicute e da Lava Jato -, o juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal do Rio, disse que o ‘custo-corrupção’ levou o Rio ao estado de calamidade. O magistrado apontou que a organização criminosa supostamente liderada pelo ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) ‘teria atuado por vários anos na intimidade do Governo do Estado’. Nesta quinta-feira, 26, agentes da Polícia Federal saíram às ruas para cumprir nove mandados de prisão preventiva, um deles contra o empresário Eike Batista, que está foragido – sua defesa afirma que ele está viajando no exterior, mas que vai se entregar.
A Eficiência aponta remessas de US$ 100 milhões supostamente em favor de Sérgio Cabral. Parte desse valor, US$ 16,5 milhões teriam sido pagos ao peemedebista em forma de propina de Eike Batista. “Os casos que envolvem corrupção têm enorme potencial para atingir, com severidade, um número infinitamente maior de pessoas”, afirma Marcelo Bretas. “Basta considerar que os recursos públicos que são desviados por práticas corruptas deixam de ser utilizados em serviços públicos essenciais, como saúde e segurança públicas. Note-se ainda que, com a corrosão dos orçamentos públicos, depreciados pelo ‘custo-corrupção’, toda a sociedade vem a ser chamada a cobrir seguidos ‘rombos orçamentários’. Aliás, essa a razão que levou o governador do Estado do Rio de Janeiro a decretar recentemente o estado de calamidade pública devido à crise financeira.” Para o juiz federal, ‘o mal da corrupção está sempre relacionado aos maiores problemas sociais hoje opostos à nossa sociedade’. “Se determinada pessoa ou empresa corruptora não cumpre norma a todos imposta na atividade profissional ou empresarial, por exemplo, acaba por dispor ilicitamente de vantagens em relação aos demais atores socioeconômicos, criando estímulos para que outros sigam seu mau exemplo”, adverte Bretas. (Estadão)


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