Certa ocasião, o escritor e primeiro-ministro britânico
no século XIX, Benjamin Disraeli disse que: "O momento exige que os homens
de bem tenham a audácia dos canalhas". O Brasil desses tristes tempos
parece viver esse momento, se ainda quisermos salvar algo positivo nessa década.
O emaranhado de crises: fiscal, econômica, social,
política, ética, etc. que tem corroído
nossas entranhas, potencializou e revelou uma profunda Crise de Sociedade, na
qual valores civilizatórios estão colocados em xeque e sem os quais não há
saída. Ou qualquer saída será apenas aparente, frágil, episódica.
Nesse quadro, a corrupção deixa de ser pontual, desvio
isolado de comportamento, e assume toda
sua gravidade como endemia, instalada e disponível inclusive para o próprio
exercício de um poder que no imaginário de alguns detentores, é sem regras e
limites.
A confiança como linha que costura relações e fortalece o
tecido social é destruída, e se impõe eliminar ou cooptar os diferentes e
divergentes, na vã esperança de garantir à velha política uma sobrevida. Os
canalhas, novos e velhos, na eminência de verem ruir seu mundo, frustrando seus
inconfessáveis desejos, incapazes de convencer até a si próprios, mergulham no
desespero e ensandecidos, tentam por todos os meios negar seus passados ainda
que para isso tenham que se travestir e beirar o ridículo.
Sabedores, no íntimo, que suas fortunas mal explicadas e
impérios construídos sobre pântanos, não podem parar a história, se utilizam da
audácia, que é o que lhes resta, para tentar intimidar, ameaçar, enxovalhar,
confundir, como último ato da ópera bufa que resumiria suas vidas, não fosse o
mal que tanto causaram a nossa gente.
Paraenses,
Há pelo menos 4 anos, ininterruptos, vocês tem
acompanhado, quase diariamente, o império de comunicação inexplicavelmente
construído por alguns membros da família Barbalho - e faço questão do destaque
para não ser leviano ou injusto - empreender uma mentirosa e deslavada campanha
para denegrir minha imagem e da minha família, sem falar na quase paranoica tentativa de desqualificar o
governo e destruir o conceito do nosso Estado.
Não escondendo o ódio pela derrota nas eleições e sem
conseguir disfarçar o ressentimento com a população, tal grupo, desrespeitando
a inteligência dos paraenses, já chegou até a divulgar no seu império de
comunicações foto de uma criança numa caixa de sapatos, obtida em um hospital
de Honduras, como se fosse da nossa Santa Casa.
Mas em mentiras e vilanias, eles são sempre capazes de se
superar. E a motivação pra isso veio com a recente delação de envolvimento dos
dois expoentes do grupo na operação lava-jato.
Paraenses,
Apesar dos vídeos e imagens amplamente divulgadas em
todos os veículos de comunicação do País, um dos protagonistas das referidas
matérias, mesmo tendo sido nominado várias vezes pelos delatores que destacaram
inclusive não ter havido intermediário no seu favorecimento, insiste em dizer
que "ele não é ele" e, não satisfeito, concluir que “ele sou
eu". Como se fosse possível fugir da
realidade, e encenar uma cópia barata do chamado teatro do absurdo dos
anos 60.
Não, caro ator de duvidoso talento, somos diferentes, aliás,
muito diferentes. Histórias diferentes, pais diferentes, valores diferentes,
sonhos diferentes, caráter diferente. E o povo do Pará já provou saber disso.
(Perfil do Facebook)
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