● BELÉM É A SEGUNDA CIDADE COM MAIS HOMENS OBESOS DO
BRASIL - Belém está entre as capitais brasileiras com maior número de homens
com excesso de peso e obesidade. Já as mulheres belenenses estão com a menor
frequência de consumo de hortaliças. É o que revela um amplo estudo do
Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANSS), que
pesquisou vários indicadores de usuários de planos de saúde no país. O
levantamento mostra que o número de indivíduos com excesso de peso e obesidade
entre os beneficiários de planos de saúde continua crescente e alarmante. E o
pior: a proporção dos adultos dentro desse universo com excesso de peso tem
aumentado desde 2008, quando foi feito o primeiro levantamento, passando de
46,5% para 53,7%. O mesmo ocorre com a proporção de obesos, que aumentou de
12,5% para 17,7%. E mais: a frequência de beneficiários com diagnóstico médico
de diabetes subiu em média 0,2% ao ano de 2008 a 2016.
NÚMEROS
As maiores frequências de excesso de peso foram
observadas, no caso de homens, em Rio Branco (68,9%), Belém (67,8%) e Porto
Alegre (66,1%). Já a frequência de adultos obesos variou entre 11,7% em
Florianópolis e 22,3% em Manaus. As maiores frequências de obesidade foram
observadas, no caso de homens, em Macapá (25,8%), Belém (25,3%) e Rio Branco
(23,6%). Por outro lado, a pesquisa mostra que as menores frequências de
consumo de hortaliças ocorreram, no sexo feminino, em Manaus (23,4%), Belém
(25,2%) e Rio Branco (26,5%).
Hideraldo Cabeça, membro titular da Academia Brasileira
de Neurologia, diz que, de modo geral, a pesquisa reflete o consumo inadequado
de alimentos saudáveis. “A população do Pará tem hábitos de uso de alimentos
ricos em carboidratos. Come-se muito farinha, sal, gorduras, arroz não integral
e macarrão”. Ele lembra que na região existem alimentos saudáveis como açaí,
peixes e inúmeras ervas e hortaliças, que muitas vezes são deixados de lado.
MUSCULATURA
A falta de atividade física regular e alimentação
inadequada, prossegue o médico, levam sempre ao percentual alto de indivíduos
com excesso de peso. “Com isso tem-se o aumento do adoecimento da população
com o aumento de casos de infarto agudo do miocárdio, acidente vascular
cerebral, hipertensão arterial, diabetes, síndrome metabólica, ronco com
apneia do sono, além das doenças da coluna e articulações”, lista.
Para o médico não há outra saída senão a urgente e
necessária educação da população e melhora na atenção básica, “para prevenir
as principais doenças e, por conseguinte, o sofrimento da população, além de
modificar a condição sócio econômica do indivíduo que adoece”, orienta.
Mas a pesquisa não trouxe apenas números ruins: mostrou
também boas notícias como a redução da proporção de fumantes entre 2008 e
2016, que caiu de 12,4% para 7,3%, e a de indivíduos fisicamente inativos,
que reduziu de 19,2% para 14,2%. O consumo de frutas e hortaliças aumentou de
27% para 30,5%.
|
(Luiz flávio/Diário do Pará)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Fique a vontade para comentar o que quiser, apenas com coerência e sem ataques pessoais.