sexta-feira, 16 de agosto de 2019

No final pegou a farinha baguda, 'tar' de piçarra, fez uma praia na beirada do prato de alumínio, e jogou o resto de caldo da panela em cima...

● CABOQUINHO DO MARAJÓ ENCHEU A LATA, BROCADO COMEU O GATO DE ESTIMAÇÃO E MORREU – O causo se passou na cidade de Bagre na Ilha de Marajó, um Caboquinho de 17 e poucos anos, que não vale dizer o nome dele aqui, criado de peito aberto nas brenhas da vida livre do Marajó, já de molequinho começou a empurrar uma pinga pra dentro, destemido e virado, vivia com a sua mãe, uma senhora batalhadora de vida humilde - Num dia desses da semana, ele se meteu a tomar goró na beirada do rio Jacundá com uns caboclos marvados que meteram ele no porre, Caboquinho chegou na casa dele até o tucupí, brocado, doido para tomar um caldo de gurijuba, mas não tinha nem porra nas panelas – Deu uma remexida na cozinha, pra cá, pra ali, nada, só apareceu o Tico, o gato de estimação da casa miando pra ele, o caboclo não contou conversa, resolveu fazer uma sopa do pobre do Tico – Porre e com fome, Caboquinho bateu em duas pratadas de sopa de Tico com macarrão, “chulep, chulep, chulep!” – No final pegou a farinha baguda, 'tar' de piçarra, fez uma praia na beirada do prato de alumínio, e jogou o resto de caldo da panela em cima, amassou duas pimentas malaguetas no meio do prato com a colher, o pirão tufou e ele deu-lhe – Satisfeito, atou a rede dele, rente a cumeeira, só deu tempo dele dá dois bofetes nuns carapanãs que ‘tavum’ aporrinhando, zunindo no ouvido dele, então Caboquinho roncou a noite inteira... “rooonnnk, rooonnnk, rooonnnk!” – Lá pelas tantas, ele começou a sonhar feio, com as coisas doutro mundo, bateu nele aquela sede da cachaça, o peste pulou da rede foi no pote, pegou o púcaro e deu três goladas d’água e se aquietou de novo – Os dias se passaram, Caboquinho tava bacana, sorrindo pra vida – Quando foi mais ou menos às 18h30m de quarta-feira (14), a mãe do Caboquinho ao chegar em casa, se deparou com ele estirado na sala, tinha vomitado "paresque" sangue, a mãe quis levar ele no posto de saúde, mas ele não quis, num demorou muito, deu uma ziquizira nele, o branco do “zóio” revirou pra cima, Caboquinho ficou gelado e bateu as botas – A senhora sua mãe fez de tudo para tentar salvar o filho, mas foi em vão – Ela então foi na delegacia e registou os fatos para o delegado que mandou investigar o caso – Mãe é mãe, o coração dela diz que seu filho morreu porque comeu o gato, mas o IML ainda ficou de confirmar a morte do Caboquinho, FIM! (Com informações de fonte direto de Bagre para o Blog)

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