segunda-feira, 7 de abril de 2014

● Policiais do Pará continuam nos quarteis - a violência disparou nas cidades sem policiamento

MILITARES DISCORDAM DE PROPOSTAS DO GOVERNO
As propostas lançadas pelo governo do Estado, e que estão sendo veiculadas na televisão, são consideradas infundadas pelos militares que protestam desde a última quinta-feira (3), em todo o estado do Pará. Segundo a categoria, os praças reclamam a equiparação salarial com os oficiais e não as reivindicações que o governo diz estar negociando.
De acordo com o sargento Haelton Costa, representante do movimento, as propostas do governo falam em risco de vida e  auxílio fardamento, conquistas já existentes. "Eles anunciam e propõem na negociação o aumento em 10% no risco de vida, mas já é lei e só querem arredondar para 100% em novembro. Em relação ao fardamento no valor de R$ 800, já existe para sargentos e subtenentes, não há novidades", reclama.
Os policiais militares do Pará recebem atualmente 70% de risco de vida no soldo e a lei aprovada na semana passada, na Assembleia Legislativa, acrescentou mais 10%. A categoria reclama o valor de 100%, mas o governo propôs pagar somente a partir do mês de novembro os 20% restantes. Continue lendo...
Segundo os praças, as reivindicações são as mesmas exigidas desde o início das manifestações e que até agora parecem não terem sido entendidas pelo governo. "Nós queremos o reajuste, a não retaliação. E o afastamento do comandante do 6º batalhão. Estamos aguardando posicionamento sobre essas propostas", adianta o sargento.
Até o presente momento, não há uma agenda sobre as ações que a categoria irá tomar para forçar uma resposta positiva do executivo, mas continuam aquartelados. "Estamos recebendo apoio e adesão de vários quartéis em todo o Pará. Até agora, 12 municípios já têm praças que concordam com o movimento", afirma.
As cidades que estariam, segundo Haelton, com grande parte dos militares em protesto, são: Belém, Itaituba, Marabá, Santarém, Parauapebas, Tucuruí, Altamira, Castanhal, Santa Izabel, Redenção, Conceição do Araguaia e Ananindeua. Policiais de Paragominas também teriam aderido ao movimento.
Haelton garantiu à reportagem que ninguém do movimento foi preso desde o início das manifestações.

O DOL tentou contato por telefone com a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) para esclarecer o assunto, mas sem sucesso. (DOL)

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