● VACINAÇÃO CONTRA A COVID-19 EM SP DEVE INICIAR EM
JANEIRO, DIZ DORIA - O governador de São Paulo João Dória (PSDB) disse nesta
quinta-feira (3) em entrevista à imprensa que a imunização da população de São
Paulo contra a Covid-19 começará em janeiro e deve ser completada até
fevereiro.
O estado de São Paulo, em parceria com o Instituto
Butantan, possui acordo para importação e produção no país da vacina Coronavac,
produzida pela empresa chinesa Sinovac.
A chegada de matéria-prima suficiente para a produção de
1 milhão de doses na manhã desta quinta se soma às 120 mil doses que já
embarcaram no país. “Com mais este lote de vacinas já temos no Instituto
Butantan 1,12 milhão de doses. Até a primeira quinzena de janeiro, teremos 46
milhões de doses disponíveis para a população de brasileiros do estado de SP”,
afirmou o governador.
Doria disse ainda estar “indignado” com o plano de
vacinação divulgado pelo governo federal na última terça (1º), com início
previsto somente em março. “Se o governo federal tiver juízo, competência e
entender que mais de 600 brasileiros morrem por dia pelo coronavírus, com essas
doses da Coronavac poderá também oferecer para toda a população para imunizar a
população brasileira de SP e de outros estados do país.”
“Eu indago se os membros do governo federal que vivem na
capital do país não enxergam, não leem e não sabem que existem mais de 600
brasileiros que morrem todos os dias. É surpreendente essa indiferença, essa
falta de compaixão com os brasileiros. Por que iniciar uma imunização em março
se podermos fazer já em janeiro? Vamos perder mais 60 mil vidas? Vamos deixar
que mais 60 mil brasileiros morram para daí iniciar a imunização?”
O governador completou dizendo que vem “cumprindo a
missão de disponibilizar a vacina para salvar vidas no menor tempo possível” e
que deve ser divulgado um cronograma de vacinação no estado na próxima
segunda-feira (7).
Dimas Covas Tadeu, diretor do Instituto Butantan,
afirmou que o instituto deve apresentar até o dia 15 os resultados da fase 3 do
imunizante, testado em mais de 16 centros no país. Se eles forem aprovados
pelos órgãos de controle, a imunização já terá início com a vacina disponível.
“É preciso ter um programa de vacinação que disponibilize
essas vacinas muito rapidamente, sejam elas 46 milhões, sejam 110 milhões [da
Oxford]. Temos que usar essas vacinas em dois, três meses, o mais rapidamente
possível. Não podemos nos guiar pelos procedimentos habituais de produção de
uma vacina.”
O pesquisador afirmou, no entanto, que os procedimentos
rigorosos de eficácia e segurança estão sendo acompanhados e que a vacina será
disponibilizada rapidamente cumprindo esses critérios. (Fonte: Estadão)
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