PROMOTORIA JÁ PEDIU DEZ VEZES A PRISÃO DE EXECUTIVOS DO
CARTEL DE TRENS EM SP
Há dois anos o Grupo de Atuação Especial de Combate a
Delitos Econômicos (Gedec) do Ministério Público de São Paulo tenta, sem
sucesso, localizar e prender 11 executivos investigados no esquema de fraude e
cartel no setor metroferroviário durante os governos do PSDB no Estado de São
Paulo. Ao todo, o Gedec já pediu dez vezes a prisão de vários dos executivos,
sendo que nove pedidos foram rejeitados e o último, feito em fevereiro deste
ano, ainda aguarda análise da Justiça. Do grupo de 11 executivos, dez foram
denunciados criminalmente em 2014 e um em 2015 e 2016, mas graças a uma série
de recursos de outros réus as ações não saem da estaca zero. Ao todo, o Gedec –
que investiga os crimes financeiros e fraudes à licitação – já apresentou oito
denúncias contra executivos das empresas envolvidas. As investigações
envolvendo suspeitas sobre os servidores públicos no esquema estão a cargo do
Ministério Público Federal e de outras promotorias do MP estadual. Todos os
executivos que estão na mira do Gedec possuem nacionalidade estrangeira, estão
fora do Brasil e, na maioria dos casos, sequer deram explicações à Justiça
sobre as acusações de que teriam atuado em conluio com representantes de outras
empresas para fraudar licitações bilionárias do Metrô e da Companhia Paulista
de Trens Metropolitanos (CPTM) de 1999 a 2009. O argumento de todos os pedidos
de prisão se baseia, em síntese, no fato de que o Gedec não localizou os
executivos durante as investigações e de que eles colocariam em risco a “ordem
econômica” ao ficarem em liberdade no exterior. Leia mais no Estadão.
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