ESQUEMA DE PROPINAS DE DELEGADOS DA PF JÁ OPERAVA HÁ
CINCO ANOS, DIZ PROCURADORA
O Ministério Público Federal informou nesta sexta-feira,
15, que há cinco anos operava o suposto esquema de propinas no âmbito da
Delegacia de Combate a Crimes Previdenciários (Deleprev), unidade da Polícia
Federal em São Paulo alvo da Operação Inversão que culminou na prisão de três
delegados federais na quinta-feira, 14. Segundo a procuradora da República
Ryanna Pala Veras, que integra a força-tarefa da Inversão, “os delegados
cobravam quantias em dinheiro de investigados (por fraudes à Previdência)”.
Inversão resultou da Operação Trânsito, deflagrada em 2015 pela PF para
combater fraudes aos cofres da Previdência Social. Uma advogada, citada na
Trânsito, procurou a Corregedoria da PF e denunciou que estava sendo
extorquida. Em parceria, o Setor de Contra Inteligência da PF e a Procuradoria
começaram a monitorar os alvos da Inversão, inclusive instalando escuta
ambiental na sala dos delegados da PF, no bairro da Lapa, em São Paulo. Na
quinta, foram presos os delegados Ulisses Francisco Vieira Mendes, ex-chefe da
Delegacia de Combate a Crimes Previdenciários da PF em São Paulo, hoje
aposentado, Rodrigo Cláudio de Gouvea Leão e Carlos Bastos Valbão. Nesta
sexta-feira eles foram ouvidos em audiência de custódia pela juíza Ana Clara de
Paula Oliveira, da 9.ª Vara Federal Criminal de São Paulo. Os três delegados
foram presos em regime preventivo. Por meio de seus advogados, os três
delegados negam taxativamente envolvimento com o suposto esquema de propinas. (Estadão
Conteúdo)
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