terça-feira, 14 de março de 2017

Então caboclo, deixa de frescura, tu não é de tapioca para ter medo d’água peste.

● CHUVA, MUITA CHUVA NA AMAZÔNIA, VIVA A NATUREZA! INVERNO TENEBROSO É SINAL DE VERÃO DE FARTURA – Nosso chão é de água e floresta em abundância, um não vive sem o outro, nós, o povo, somos apenas um detalhe desse amor gigante entre as coisas da natureza, de fato é constrangedor a alagação, nas cidades amazônicas, surgidas do êxodo rural, onde o caboclo para se livrar de sua caboquice, se manda do sítio para viver na selva de pedra, sonhando dias melhores - Todo caboclo sonha com uma cidade de concreto e asfalto, onde possa cair qualquer temporal, que jamais vai alagar como na várzea, mas sonho é sonho, a realidade é que a natureza não está nem aí para o sonho do caboclo e nem vai se adaptar a ele, o caboclo é que tem que se adaptar a natureza – Estamos assistindo um dos mais rigorosos invernos amazônicos, é lindo, é divino, pois o verão vai ser de fartura na Hileia, por fim, vejo na TV o caboclo reclamando das alagações na cidade, fico pesando cá com os meus botões... quando esse peste tá no sítio, ele diz que não presta, não tem nada, não tem futuro, daí se manda para a cidade – Quando ele está na cidade, ele morre de saudade do sítio, lá é farto, não paga luz, nem água, quando chove ele faz uma panela de mingau, pega a cabocla dele e se bota na rede na sacanagem, levanta vai na panela, dá-lhe numa cuidada de mingau e volta pra rede, e a vida é uma maravilha - Então caboclo, deixa de frescura, tu não é de tapioca para ter medo d’água peste.         

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