domingo, 15 de julho de 2018

● PF vai ter mais 30 dias para achar R$ 50 milhões de propina que a Odebrecht pagou ao Aécio Neves.

● MAIS 30 DIAS PARA PF INVESTIGAR AÉCIO SOBRE R$ 50 MI DA ODEBRECHT - A presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, prorrogou por 30 dias inquérito que investiga o senador Aécio Neves (PSDB) por supostas propinas de R$ 50 milhões da Odebrecht e da Andrade Gutierrez. A decisão acolhe parcialmente pedido da Procuradoria-Geral da República e da Polícia Federal, que haviam pedido mais 60 dias para diligências. Neste inquérito, delatores da Odebrecht afirmam que o tucano teria defendido os interesses da empreiteira nas usinas hidrelétricas do Rio Madeira, Jirau e Santo Antônio. O ex-executivo da empreiteira Henrique Valladares afirmou que o “cronograma de pagamento” feito a “Mineirinho”, codinome atribuído a Aécio, foi em parcelas que variavam de R$ 1 milhão a R$ 2 milhões. Os delatores dizem que repasses eram acertados com o ex-diretor de Furnas Dimas Toledo, aliado do tucano. A maioria dos depósitos teria sido feita em uma conta em Cingapura controlada por Alexandre Accioly, empresário amigo de Aécio, que é dono da rede de academias Bodytech. O objetivo dos pagamentos seria conseguir apoio de Aécio no relacionamento com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), controlada pelo governo de Minas. A estatal e a Odebrecht integraram o consórcio que venceu a licitação para as obras de Santo Antônio. Marcelo Odebrecht afirmou, em delação, que os “vultosos repasses financeiros” foram feitos ao senador e seus aliados porque Aécio “sempre teve forte influência na área de energia”. Em seu pedido, a procuradora-geral, Raquel Dodge, chama atenção para a ainda pendente realização de perícia sobre o sistema de comunicação Drousys e sistema de contabilidade paralela My web day, de contabilidade paralela do grupo Odebrecht, e a produção de informações policiais a respeitos dos dados encontrados nos sistemas. Ainda estava pendente oitiva com Enio Augusto Pereira e Silva, que aderiu recentemente à leniência da empreiteira. (Estadão)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Fique a vontade para comentar o que quiser, apenas com coerência e sem ataques pessoais.