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MAIS 30 DIAS PARA PF INVESTIGAR AÉCIO SOBRE R$ 50 MI DA ODEBRECHT - A
presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, prorrogou por 30 dias
inquérito que investiga o senador Aécio Neves (PSDB) por supostas propinas de
R$ 50 milhões da Odebrecht e da Andrade Gutierrez. A decisão acolhe
parcialmente pedido da Procuradoria-Geral da República e da Polícia Federal,
que haviam pedido mais 60 dias para diligências. Neste inquérito, delatores da
Odebrecht afirmam que o tucano teria defendido os interesses da empreiteira nas
usinas hidrelétricas do Rio Madeira, Jirau e Santo Antônio. O ex-executivo da
empreiteira Henrique Valladares afirmou que o “cronograma de pagamento” feito a
“Mineirinho”, codinome atribuído a Aécio, foi em parcelas que variavam de R$ 1
milhão a R$ 2 milhões. Os delatores dizem que repasses eram acertados com o
ex-diretor de Furnas Dimas Toledo, aliado do tucano. A maioria dos depósitos
teria sido feita em uma conta em Cingapura controlada por Alexandre Accioly,
empresário amigo de Aécio, que é dono da rede de academias Bodytech. O objetivo
dos pagamentos seria conseguir apoio de Aécio no relacionamento com a Companhia
Energética de Minas Gerais (Cemig), controlada pelo governo de Minas. A estatal
e a Odebrecht integraram o consórcio que venceu a licitação para as obras de
Santo Antônio. Marcelo Odebrecht afirmou, em delação, que os “vultosos repasses
financeiros” foram feitos ao senador e seus aliados porque Aécio “sempre teve
forte influência na área de energia”. Em seu pedido, a procuradora-geral,
Raquel Dodge, chama atenção para a ainda pendente realização de perícia sobre o
sistema de comunicação Drousys e sistema de contabilidade paralela My web day,
de contabilidade paralela do grupo Odebrecht, e a produção de informações
policiais a respeitos dos dados encontrados nos sistemas. Ainda estava pendente
oitiva com Enio Augusto Pereira e Silva, que aderiu recentemente à leniência da
empreiteira. (Estadão)
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