terça-feira, 15 de março de 2016

● Juíza percebeu falha grave na denúncia contra Lula – Ela alega que os acusadores não explicam a razão pela qual a OAS deu o tríplex ao ex-presidente

PROMOTORIA NÃO APONTOU POR QUE EMPREITEIRA FAVORECEU LULA, DIZ JUÍZA
Ao enviar para o juiz federal Sérgio Moro, do Paraná, a denúncia e o pedido de prisão do ex-presidente Lula, a juíza Maria Priscilla Ernandes Veiga Oliveira, da 4.ª Vara Criminal de São Paulo, argumentou que os promotores do Ministério Público paulista ‘não detalharam’ o motivo da empreiteira OAS para supostamente favorecer o petista entregando a ele o tríplex 164/A do Condomínio Solaris, no Guarujá. “Narram os denunciantes (três promotores de Justiça), assim e em resumo, que a OAS teria, com dinheiro obtido ilicitamente, beneficiado Luiz Inácio Lula da Silva, Marisa Letícia Lula da Silva e o filho do casal, Fábio Luiz Lula da Silva, com o tríplex no Guarujá. Contudo, não detalha a acusação a origem, o motivo para tal favorecimento, apenas diz que ele ocorreu, mas não indica por que os demais denunciados teriam cedido um apartamento à ex-família presidencial”, argumentou a juíza ao declinar da competência sobre o caso. A juíza faz menção a uma decisão da 13.ª Vara Federal de Curitiba, conduzida por Sérgio Moro, nos processos da Operação Lava Jato. “Houve quebras de sigilo bancário, bem como apreensão de documentos nas empreiteiras Odebrecht e OAS que comprovariam os pagamentos de vultosas quantias ao ora denunciado Luiz Inácio Lula da Silva por palestras, principalmente no exterior, como US$ 200 mil líquidos, valores que, expressivos, chamam a atenção, pelo que estão sendo objeto de investigação.” “Contudo, o cerne da investigação seriam os ‘favores’ indevidos recebidos pelo ex-presidente da República, dentre os quais está o tríplex no Guarujá que é o centro da acusação contra o ex-residente e sua família nestes autos´”, assinalou Maria Priscilla Ernandes. Leia mais no Estadão.

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