PROMOTORIA NÃO APONTOU POR QUE EMPREITEIRA FAVORECEU
LULA, DIZ JUÍZA
Ao enviar para o juiz federal Sérgio Moro, do Paraná, a
denúncia e o pedido de prisão do ex-presidente Lula, a juíza Maria Priscilla
Ernandes Veiga Oliveira, da 4.ª Vara Criminal de São Paulo, argumentou que os
promotores do Ministério Público paulista ‘não detalharam’ o motivo da
empreiteira OAS para supostamente favorecer o petista entregando a ele o
tríplex 164/A do Condomínio Solaris, no Guarujá. “Narram os denunciantes (três
promotores de Justiça), assim e em resumo, que a OAS teria, com dinheiro obtido
ilicitamente, beneficiado Luiz Inácio Lula da Silva, Marisa Letícia Lula da
Silva e o filho do casal, Fábio Luiz Lula da Silva, com o tríplex no Guarujá.
Contudo, não detalha a acusação a origem, o motivo para tal favorecimento,
apenas diz que ele ocorreu, mas não indica por que os demais denunciados teriam
cedido um apartamento à ex-família presidencial”, argumentou a juíza ao
declinar da competência sobre o caso. A juíza faz menção a uma decisão da 13.ª
Vara Federal de Curitiba, conduzida por Sérgio Moro, nos processos da Operação
Lava Jato. “Houve quebras de sigilo bancário, bem como apreensão de documentos
nas empreiteiras Odebrecht e OAS que comprovariam os pagamentos de vultosas
quantias ao ora denunciado Luiz Inácio Lula da Silva por palestras, principalmente
no exterior, como US$ 200 mil líquidos, valores que, expressivos, chamam a
atenção, pelo que estão sendo objeto de investigação.” “Contudo, o cerne da
investigação seriam os ‘favores’ indevidos recebidos pelo ex-presidente da
República, dentre os quais está o tríplex no Guarujá que é o centro da acusação
contra o ex-residente e sua família nestes autos´”, assinalou Maria Priscilla
Ernandes. Leia mais no Estadão.
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