PADRE CONHECIDO POR FAZER “CURAS” É TRANSFERIDO PARA
PARÓQUIA PARANAENSE
Do G1
Uma carta do superior da Ordem da Congregação dos
Claretianos, Marco Loro, divulgada ontem, confirmou a transferência do padre
Jocelir Leo Vizioli de Rio Claro (SP) para Clevelândia (PR). O documento
agradeceu o trabalho do religioso na cidade e informou que "transferências
ocorrem por necessidades da própria congregação". Na segunda-feira (24),
durante vigília na Igreja Nossa Senhora do Caravaggio, o padre chegou a
anunciar que continuaria celebrando missas na cidade. Conhecido por fazer
"curas", o missionário chegava a reunir 9 mil pessoas em suas
celebrações. A transferência gerou protestos e fiéis fizeram várias vigílias
pedindo a manutenção do padre na cidade. Vizioli não foi encontrado pelo G1
para comentar a carta. Continue lendo...
No documento divulgado por Loro, a transferência é
oficializada e esclarece que "os membros da congregação devem estar à
disposição da Missão da Congregação, seja local ou universal, e que o Governo
Provincial deverá manter o saudável hábito das transferências dos
missionários".
Ainda de acordo com a carta, a mudança do padre ocorreu por
necessidades da congregação. "No sentido de manter vivas suas obras
apostólicas, como, também, por pedidos da Igreja Local a quem somos chamados a
servir e obedecer", explicou outro trecho.
O bispo ainda explicou que as obras sociais na igreja de Rio
Claro continuarão sendo desenvolvidas por dois novos missionários, que não
tiveram os nomes divulgados. Também confirmou que serão mantidas as atividades
do projeto "Terra Nova".
O documento é finalizado com um pedido para que os fiéis
"continuem sendo bons devotos em suas comunidades locais".
Histórico - Gaúcho, o padre Jocelir vive em Rio Claro há 13 anos e
aos poucos atraiu uma multidão para suas missas. Durante seu último sermão, que
está disponível no YouTube, relembrou que sua primeira missa atraiu 14 pessoas.
Há quatro anos precisou erguer um novo local para
abrigar seus seguidores. A igreja Nossa Senhora do Caravaggio foi construída em
oito meses, com ajuda dos fiéis. As missas aconteciam sempre às
segundas-feiras, quando atraíam até nove mil pessoas, e às sextas, com um público de cinco mil fiéis.
Em 2003, foi investigado por ser suspeito de agredir uma
mulher e uma adolescente. Segundo a Polícia Civil, um caso foi arquivado e o
outro corre em segredo de Justiça. (G1)
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