MT: ‘DEU VONTADE DE MATAR’, DIZ JOVEM QUE MATOU MENDIGO
Delegada que apurou o crime indiciou a menina de 15 anos e
mais dois colegas por homicídio qualificado por motivo fútil
Portal Terra - Keka Werneck - Direto do Mato Grosso
Portal Terra - Keka Werneck - Direto do Mato Grosso
Uma adolescente de 15 anos afirmou, em depoimento à polícia,
que incendiou até a morte o mendigo Firmino Escobar da Silva, de 44 anos,
porque “deu vontade de matar”.O crime foi praticado por ela, no dia 23 de
março, com a ajuda de outros três adolescentes, de idades entre 15 e 17 anos,
em Tangará da Serra, interior de Mato Grosso.
Todos eles estão apreendidos no Centro Socioeducativo de
Cuiabá – Complexo Pomeri, onde aguardam a decisão judicial.
O caso chocou a pequena Tangará, onde hoje será realizada a
segunda audiência do processo que tramita no Fórum Criminal da cidade. Continue lendo...
A delegada de Tangará que apurou o crime, Núbia Beatriz,
indiciou a menina de 15 anos e mais dois colegas por homicídio qualificado por
motivo fútil, com uso de fogo e sem dar chances à vítima de reagir. O quarto
adolescente foi indiciado por tentativa de homicídio. Todos foram indiciados
ainda por formação de quadrilha. Outra menina que estava com o grupo foi
liberada, porque assistiu tudo, sem participar dos atos infracionais.“Eles estavam sem mais o que fazer e resolveram praticar o crime. A menina de 15 anos me disse isso em depoimento e aí deu vontade de matar. Então, foram comprar álcool em um posto de combustível para queimar o mendigo, que estava dormindo na frente da igreja central”, destaca a delegada.
Familiares não acreditaram no crime
Conforme a delegada, os familiares dos adolescentes, que vivem em bairros pobres de Tangará, não acreditaram que eles cometeram o crime. O Ministério Público Estadual (MPE) também representou os adolescentes. Na audiência de hoje, o promotor Milton Pereira Melquíades fará a acusação dos infratores.
O secretário Adjunto de Direitos Humanos de Mato Grosso,
Valdemir Pascoal, entende que os infratores devem ser devidamente responsabilizados,
para que não sirvam de inspiração a outros. “Crime é crime e esse foi
premeditado, não tem desculpa”.
O secretário assegurou ainda que serão elaboradas cartilhas contra a tortura a serem distribuídas no Estado todo, em escolas, junto às famílias e empresas.
O crime aconteceu às 3 horas da madrugada em frente à Igreja Paróquia Nossa Senhora Aparecida, que fica no Centro de Cáceres. O mendigo dormia na marquise da matriz. O frei Eliseu Aiolfi, pároco da igreja, destacou, diante do fato, a urgente necessidade de reflexão sobre o valor da vida humana e disse que o crime exige medidas práticas e não apenas orações.
O secretário assegurou ainda que serão elaboradas cartilhas contra a tortura a serem distribuídas no Estado todo, em escolas, junto às famílias e empresas.
O crime aconteceu às 3 horas da madrugada em frente à Igreja Paróquia Nossa Senhora Aparecida, que fica no Centro de Cáceres. O mendigo dormia na marquise da matriz. O frei Eliseu Aiolfi, pároco da igreja, destacou, diante do fato, a urgente necessidade de reflexão sobre o valor da vida humana e disse que o crime exige medidas práticas e não apenas orações.
Firmino, também conhecido como “índio”, morreu minutos
depois do fogo ser apagado por outros andarilhos que também circulavam pelo
Centro de Tangará. Ele chegou a ser atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel
de Urgência (SAMU), mas, com 45% do corpo queimado, não resistiu às
queimaduras, tendo pedido socorro até o último minuto de vida.
Mais de duas semanas após o crime, ninguém da família de
Índio procurou por notícias. A polícia ainda não conseguiu nenhuma informação
sobre a origem dele.

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