Nelson Motta é jornalista, escritor brasileiro, diretor artístico e
cultural de TV.
|
Do jogo lento e cadenciado dos anos 60, dos ancestrais
ferrolhos suíços e retrancas italianas que não deixavam o adversário jogar, dos
craques dispondo de amplos espaços para exibir seu futebol-arte, do carrossel
holandês maravilhando o planeta, do tiki-taka espanhol campeão do mundo ao
futebol-total da Alemanha em 2014, o futebol mudou muito.
Nos tempos da bola de couro, os jogadores corriam uns três ou quatro quilômetros durante a partida, a preparação física era precária, craques como Gerson e Sócrates fumavam, Didi dizia que quem devia correr não era o jogador, mas a bola. Hoje, o futebol exige que todo mundo defenda e ataque, que o jogador se movimente o tempo todo e corra12 quilômetros por
jogo. Continue lendo...
Até Nos tempos da bola de couro, os jogadores corriam uns três ou quatro quilômetros durante a partida, a preparação física era precária, craques como Gerson e Sócrates fumavam, Didi dizia que quem devia correr não era o jogador, mas a bola. Hoje, o futebol exige que todo mundo defenda e ataque, que o jogador se movimente o tempo todo e corra
Sob pressão internacional e em benefício do espetáculo, em
Com a evolução dos sistemas táticos, no futebol moderno o desgaste é brutal, os jogadores terminam mortos em campo, um esforço sobre-humano é exigido nos momentos finais das partidas e mais ainda nas prorrogações devastadoras. Então por que não podemos ter cinco, seis ou até 11 substituições?
Afinal, o objetivo é melhorar o jogo, tornando-o mais rápido, intenso e bem jogado, ou que os atletas sofram cada vez mais, submetidos a grandes sacrifícios em nome... do quê mesmo?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Fique a vontade para comentar o que quiser, apenas com coerência e sem ataques pessoais.