DILMA: AÉCIO TEM DE APRENDER A RESPEITAR AS MULHERES
Candidata à reeleição falou a jornalistas na noite deste
domingo, antes do terceiro debate na televisão
Por Época Negócios
A presidente Dilma Rousseff (PT) ironizou neste domingo
(19/10), o fato de o seu adversário, Aécio Neves (PSDB), ter decido processá-la
por conta de um anúncio na TV em que a campanha petista insinua que o tucano
desrespeita as mulheres.
A peça de 30 segundos exibe cenas de um debate do
primeiro turno das eleições em que Aécio chama a adversária Luciana Genro
(PSOL) de "leviana" e de outro em que ele usou o mesmo termo ao se
referir a Dilma.
"O comportamento não foi comigo apenas. Ele chamou nós
duas de levianas. É disso que ele está querendo nos processar? Ele tem de
processar a si mesmo porque quem nos chamou (de levianas) foi ele",
afirmou. Dilma afirmou ainda que Aécio tem "de aprender a respeitar as
mulheres". "Com mulher não pode ser assim", disse. Continue lendo...
Nos últimos dias, o PT tem tentado passar a imagem de que Aécio está criticando
a presidente Dilma porque ela é mulher. Além da propaganda na TV, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva abordou o assunto em um comício em
Manaus. "Quando vejo um homem na televisão ser ignorante com uma mulher,
como ele tem sido com a Dilma nos debates, eu fico pensando que se esse cidadão
é capaz de gritar com uma presidenta, fico imaginando quando ele encontrar um
pobre, é capaz de pisar", disse na última quinta-feira.
Pronatec
Ao iniciar a coletiva de imprensa em São Paulo, Dilma falou sobre Pronatec, o programa de ensino técnico do governo federal. Ela chamou de "inverídica" reportagem veiculada pelo jornal Folha de S. Paulo hoje apontando descontrole na fiscalização do programa. "A Controladoria esclareceu perfeitamente que os cursos são fiscalizados e que nós temos que aperfeiçoar a fiscalização. Não há nenhuma irregularidade no Pronatec", disse Dilma. Segundo a matéria, uma auditoria indicou não ser possível precisar quantos alunos assistem às aulas e como foram gastos os recursos repassados pelo governo federal às escolas.
Ao iniciar a coletiva de imprensa em São Paulo, Dilma falou sobre Pronatec, o programa de ensino técnico do governo federal. Ela chamou de "inverídica" reportagem veiculada pelo jornal Folha de S. Paulo hoje apontando descontrole na fiscalização do programa. "A Controladoria esclareceu perfeitamente que os cursos são fiscalizados e que nós temos que aperfeiçoar a fiscalização. Não há nenhuma irregularidade no Pronatec", disse Dilma. Segundo a matéria, uma auditoria indicou não ser possível precisar quantos alunos assistem às aulas e como foram gastos os recursos repassados pelo governo federal às escolas.
Petrobras
Dilma evitou responder diretamente sobre a acusação do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa envolvendo a ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann. Segundo reportagem publicada neste domingo pelo jornal O Estado de S. Paulo, Costa informou que o esquema de corrupção na estatal repassou R$ 1 milhão à campanha de Gleisi ao Senado, em 2010.
Dilma evitou responder diretamente sobre a acusação do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa envolvendo a ex-ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann. Segundo reportagem publicada neste domingo pelo jornal O Estado de S. Paulo, Costa informou que o esquema de corrupção na estatal repassou R$ 1 milhão à campanha de Gleisi ao Senado, em 2010.
Durante a coletiva, ela repetiu que há evidências de que
houve desvios na Petrobras, mas ressaltou que ainda precisam ser investigados
quem estava envolvido e qual foi o montante desviado. "Não se sabe nem
quanto (foi desviado) nem quem fez (os desvios)", disse Dilma. "O que
temos até agora são vazamentos, vaza de tudo que é lado. Agora, não se sabe se
esses vazamentos são efetivos", acrescentou. "Os indícios são claros
de que houve desvio ou não teria havido delação premiada."
Questionada por que então levantou no último debate de TV
o caso do vazamento do nome do ex-presidente do PSDB, já morto, Sérgio Guerra,
Dilma disse ter sido uma resposta aos ataques do adversário tucano Aécio Neves.
"Eu questionei: 'O mesmo tratamento que você dá a algumas pessoas ligadas
ao PT você vai dar ao Sérgio Guerra?".
Dilma afirmou na entrevista que "o pau que bate em
Chico bate em Francisco" e que, "se os vazamentos forem pertinentes,
todo mundo está comprometido". Mas deu a entender que não se pode basear
decisões apenas nos vazamentos da delação premiada de Paulo Roberto Costa.
A presidente reclamou de ela e o PT não terem acesso aos
depoimentos de Costa, apesar de terem dirigido representações ao Ministério
Público e ao Supremo Tribunal Federal. "Se eu não posso saber, por que
alguém pode? Se eu tenho interesse direto no sentido de proteger o governo. Não
tenho curiosidade mórbida", argumentou.
Dilma repetiu ainda que tem um
compromisso com a resolução do caso e ressarcimento da Petrobras dos recursos
desviados. "Acho fundamental, e vamos tomar todas as medidas nesse
sentido, para garantir o ressarcimento e que quem desviou dinheiro seja
punido", afirmou. (ESTADÃO CONTEÚDO)
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