POLICIAIS SÃO CAPACITADOS PARA ATENDIMENTO À POPULAÇÃO
LGBT
Cerca de 120 agentes da
segurança pública do Estado, entre policiais militares, civis e bombeiros,
participaram, nesta quinta-feira (28), no Auditório de Departamento de Polícia
Técnica, nos Barris, do Seminário ” Violência LGBT: qualificando o atendimento policial”
. A capacitação é fruto da parceria entre as secretarias de Justiça, Direitos
Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS) e de Segurança Pública (SSP). O
evento integra a programação do Maio da Diversidade, agenda de atividades e
ações afirmativas realizada pela SJDHDS com o intuito de dar maior visibilidade
e chamar a atenção para o preconceito e crimes de natureza homofóbica no
Estado. A realização do seminário partiu de uma demanda do próprio segmento
LGBT que provocou o Estado para uma qualificação dos agentes da segurança nos
atendimentos dos casos a grupos vulneráveis que são vítimas de sucessivos casos
de violência. A superintendente de Apoio e Proteção aos Direitos Humanos,
Anhamona de Brito, ressaltou a importância do preenchimento do campo de
identidade de gênero nas ocorrências policias como forma de enfrentar “a
invisibilidade” sofrida por esse segmento. “Quando passamos a alimentar a base
de dados podemos acompanhar os casos de violência sofrido por esse público”,
disse. Durante o seminário, que contou com a participação de Paulette Furacão,
a primeira trans a ocupar um cargo público no Estado, os agentes aprenderam
formas de abordagem e tratamento ao público LGBT, bem como a diferença
conceitual entre identidade de gênero e orientação sexual. ” Esse curso será
importante vai poder preparar o policial para entender como servir a esse
público”, comentou o tenente Guiais. O respeito à identificação social feminina
ou masculina e o respeito à intimidade da pessoa abordada foram alguns dos assuntos
discutidos durante o encontro que contou com a presença maciça de policiais que
atuam na região da orla, local em que se concentra um grande número de
transexuais e travestis profissionais do sexo.
“Com esse seminário esperamos prevenir práticas que se configurem
homofobia institucional”, explicou Paulette Furacão. (Política Livre)
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