segunda-feira, 29 de junho de 2015

O argumento é “o cara”. Tem que ser respeitado quando é posto para debater pontos de vista. Quem tem o melhor argumento vence. E fim de papo!

Tenho notado e sentido a falta do argumento; do bom e velho argumento. Faz tempo que não ouço suas sábias palavras em terras da freguesia de Oriximiná.
O bom argumento decidia e finalizava discussões emotivas e acaloradas. Era o protetor dos fisicamente mais fracos e o amparo dos mais preparados e inteligentes. Ele garantia que venceria o debate aquele que apresentasse mais recursos cognitivos, aliado à argumentação segura e pautada em evidências provadas, testadas e de conceitos claros e definidos.
O argumento é “o cara”. Tem que ser respeitado quando é posto para debater pontos de vista. Quem tem o melhor argumento vence. E fim de papo!
Mas, em terras oriximinaense, depois de perderem a vergonha, resolveram matar o “argumento”. O debate social, político e cultural passou a ser decidido pela forma mais primitiva; o embate físico. Uma atitude cultivada por aqueles que não têm argumentos para explicar ou debater temas de interesse público.
Se você não tem argumento, caro leitor, cale-se! Se tem, mas não é forte o suficiente para convencer a maioria de sua verdade, entenda que o debate está perdido. Mas não agrida, denigra ou tente atingir de forma vil e pessoal àqueles que superaram seu discurso. O ataque físico evidencia seu despreparo e o vazio de sua argumentação.
Não matem o argumento! Deixem-no se manter intacto, livre e forte na boca dos debatedores e críticos sociais. Argumentos não têm lado, cor ou bandeiras partidárias.
Se ele morrer, o mundo cairá no desequilíbrio da força sem sabedoria.

(Valdo Florenzano é Jornalista, cronista, âncora do Telejornal Cidade Livre e Cidade Livre-rádio.)

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