PECUARISTA CONFIRMA QUE LEVOU EMPRESÁRIO A LULA
O empresário e pecuarista José Carlos Bumlai, apontado na
Operação Lava Jato como ‘o amigo do Lula’, afirma que não repassou R$ 2 milhões
para que uma nora do ex-presidente da República quitasse dívida de imóvel. “Não
paguei conta de nora de Lula, apartamento, nada a ver.” Aos 71 anos, ele diz
que não é lobista, como informam investigadores da Lava Jato. “Nem sei como
escreve lobista”, diz, rabiscando uma folha de papel à mesa. Diz que “está
perdendo ‘muito dinheiro’” com a citação a seu nome por delatores da Lava Jato,
entre eles Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano. Um dos supostos
operadores de propinas do PMDB, Fernando Baiano declarou que repassou a Bumlai
quase R$ 2 milhões destinados à mulher de um dos filhos de Lula. “Os bancos se
fecham cada vez que meu nome sai na imprensa”, lamenta. Bumlai reclama do
“último absurdo”, que é como denomina o episódio do Banco Schahin – segundo
outro delator, Eduardo Musa, ex-gerente da Petrobrás, Bumlai intermediou o
pagamento de uma conta do PT de R$ 60 milhões, originada na campanha à
reeleição de Lula, em 2006. “Meu Deus, eu não sou filiado ao PT, esse Rui
Falcão (presidente nacional do PT) até posso ter sido apresentado a ele, muito
prazer, não tenho nenhuma ligação com ele, não faço política e, de repente, vou
fazer uma negociação para pagar 60 milhões de dívida do PT? Eu lá sei de dívida
do PT? Nunca recebi conta de ninguém para botar dinheiro na conta deles (do
PT), nunca. Nunca dei um tostão para campanha de Lula. Por que eu iria
intermediar? Por que eu intermediar dívida do PT na Petrobrás? Não tem
sentido.” Bumlai conta que conheceu Fernando Baiano “como um empresário,
representante de uma grande empresa espanhola”. Preso desde dezembro de 2014,
em Curitiba, Fernando Baiano diz que concordou em antecipar R$ 2 milhões da
propina a ser paga por um contrato que Bumlai intermediava para o Grupo OSX, de
Eike Batista, na Petrobrás. Leia mais no Estadão.
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