domingo, 25 de outubro de 2015

● Fernando Baiano caguetou pecuarista na Lava Jato, mas empresário nega que deu dinheiro a nora de Lula para quitar imóvel de bacana

PECUARISTA CONFIRMA QUE LEVOU EMPRESÁRIO A LULA
O empresário e pecuarista José Carlos Bumlai, apontado na Operação Lava Jato como ‘o amigo do Lula’, afirma que não repassou R$ 2 milhões para que uma nora do ex-presidente da República quitasse dívida de imóvel. “Não paguei conta de nora de Lula, apartamento, nada a ver.” Aos 71 anos, ele diz que não é lobista, como informam investigadores da Lava Jato. “Nem sei como escreve lobista”, diz, rabiscando uma folha de papel à mesa. Diz que “está perdendo ‘muito dinheiro’” com a citação a seu nome por delatores da Lava Jato, entre eles Fernando Falcão Soares, o Fernando Baiano. Um dos supostos operadores de propinas do PMDB, Fernando Baiano declarou que repassou a Bumlai quase R$ 2 milhões destinados à mulher de um dos filhos de Lula. “Os bancos se fecham cada vez que meu nome sai na imprensa”, lamenta. Bumlai reclama do “último absurdo”, que é como denomina o episódio do Banco Schahin – segundo outro delator, Eduardo Musa, ex-gerente da Petrobrás, Bumlai intermediou o pagamento de uma conta do PT de R$ 60 milhões, originada na campanha à reeleição de Lula, em 2006. “Meu Deus, eu não sou filiado ao PT, esse Rui Falcão (presidente nacional do PT) até posso ter sido apresentado a ele, muito prazer, não tenho nenhuma ligação com ele, não faço política e, de repente, vou fazer uma negociação para pagar 60 milhões de dívida do PT? Eu lá sei de dívida do PT? Nunca recebi conta de ninguém para botar dinheiro na conta deles (do PT), nunca. Nunca dei um tostão para campanha de Lula. Por que eu iria intermediar? Por que eu intermediar dívida do PT na Petrobrás? Não tem sentido.” Bumlai conta que conheceu Fernando Baiano “como um empresário, representante de uma grande empresa espanhola”. Preso desde dezembro de 2014, em Curitiba, Fernando Baiano diz que concordou em antecipar R$ 2 milhões da propina a ser paga por um contrato que Bumlai intermediava para o Grupo OSX, de Eike Batista, na Petrobrás. Leia mais no Estadão.

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