O senador Jader Barbalho (PMDB-PA) negou hoje (21) denúncias
feitas na delação premiada do lobista Fernando Baiano, homologadas pelo
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki. Em trechos
divulgados pela imprensa no último fim de semana, Baiano afirma que parte da
propina em contratos da Petrobras com empresas privadas era direcionada ao
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ao líder do governo na Casa,
Delcídio do Amaral (PT-MS) e a Barbalho. Sem dar detalhes dos pagamentos, o lobista
diz que os três deveriam receber US$ 6 milhões pelo negócio de um navio-sonda
da Petrobras. “Não tenho outro instrumento que chegar aqui e dizer de público
da minha indignação”, reagiu Barbalho. O senador disse que é preciso esperar
que o Judiciário e o Ministério Público possam esclarecer os fatos. “Estou com
tranquilidade e posso dizer que não há nenhum envolvimento de minha parte.
Quero saber qual é o político de longo curso que nunca recebeu recurso para
campanha, de qualquer partido. Nesse episódio, se alguém recebeu dinheiro do
petrolão em meu nome, está me devendo esse dinheiro. Espero que este assunto
seja aprofundado e efetivamente esclarecido. Nunca tive participação nesse
evento”, disse Jader em reunião da Comissão de Constituição e Justiça do
Senado. “Defendo que o projeto de direito de resposta (PLS 141/2011) seja
pautado para votação no plenário do Senado com urgência. Vamos ver se decidimos
isso na próxima semana. As acusações contra Jader já pesaram sobre mim, e a
prova da falsidade das acusações não resolve o problema do julgamento feito
pela imprensa. Temos que brigar agora pela velocidade desse projeto para que
ele possa ir ao plenário e à sanção da presidente da República. É o
contraditório que se estabelece”, afirmou o senador Roberto Requião (PMDB-PR).
Leia mais na Agência Brasil. (Karine Melo, Agência Brasil)
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