FBI REVELA TÁTICAS QUE CARTOLAS FAZIAM PARA TENTAR
ESCONDER DINHEIRO DE PROPINAS
Malas repletas com dinheiro, emissão de notas frias,
contratos fictícios, chantagens, obras de arte, terrenos, contas em paraísos
fiscais, empresas de fachada, mansões, jatos privados e até dinheiro camuflado
na construção de piscinas. Sete meses depois de fazer eclodir o pior escândalo
de corrupção do futebol mundial, o FBI revela as “estratégias sofisticadas”
usadas pelos cartolas internacionais para esconder mais de US$ 200 milhões.
Houve até quem não hesitasse mentir sobre seu estado mental, dizendo às
autoridades que sofriam de “demência”. No meio da semana, a Justiça
norte-americana lançou a segunda etapa na operação contra a corrupção no
futebol. Um total de 24 dirigentes e empresários já foram indiciados e os
norte-americanos alertam que pelo menos mais 27 estarão na lista até 2016. O
impacto na América Latina tem sido profundo com a prisão, afastamento e até
fuga de presidentes de confederações e associações nacionais. Brasil, Chile,
Bolívia, Costa Rica, Honduras, Guatemala, Venezuela e Colômbia foram sacudidos
pela crise. Os norte-americanos já confiscaram US$ 100 milhões dos envolvidos e
as multas chegaram a US$ 190 milhões. A regra era simples: para que uma rede de
televisão ou uma empresa quisesse ter os direitos sobre um evento ou uma
seleção, teria de pagar um pedágio, por vezes anual, ao dirigente no comando. O
resultado é que ganhava o contrato quem pagava a propina e não quem tinha a
melhor oferta. (Estadão Conteúdo)
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