terça-feira, 24 de maio de 2016

● Relato desvenda a causa do suicídio do empresário Manuel Canté em Santarém na década de 80 - Sem receber pela construção do prédio Câmara Municipal, o empresário endividado tirou sua própria vida

CALOTE DA CÂMARA MUNICIPAL LEVOU EMPRESÁRIO A COMETER SUICÍDIO EM SANTARÉM 
Um relato impressionante dá conta de que o empresário santareno do ramo da construção civil, Manuel Canté, se enforcou na década de 80, com o fio elétrico de uma extensão - Canté, um cidadão sério, não devia a ninguém, mas após assumir a construção do prédio da Câmara Municipal de Santarém, investiu todo seu dinheiro e levou um calote político, após ser denunciado na justiça do trabalho, por seus empregados que não receberam pela obra da Casa do Povo, Canté se viu pressionado e arrasado, então se enforcou e de maneira trágica, partindo desse mundo cão para uma outra vida - A sua esposa e viúva restou a luta para receber um dinheiro que nunca foi pago pelo poder político de Santarém. LEIA PARTE DESSA HISTÓRIA CONTADA POR UM MEMBRO DA FAMÍLIA 
 “No final do governo Ronan Liberal (Prefeito), a construção da Câmara de Santarém estava iniciando, onde o prefeito da época, Ronan Liberal, não pagou, pois estava no final do governo e estava saindo. Ai entrou o Rui Corrêa, juntamente com os vereadores da época, e pediram para que o Canté terminasse a obra da câmara, que eles iam pagar. Ai o Canté fez toda a obra com recursos próprios. Quando chegou no final da obra o Rui Corrêa (Prefeito depois de Ronan) não pagou. Isso foi se protelando, protelando, e as contas do Canté chegando, chegando, até que um dia ele não aguentou, pois tinha um caso no Ministério do Trabalho, onde tinha três ex-funcionários da Câmara (que trabalharam na obra), colocando ele na justiça, e, como ele não tinha dinheiro para pagar os caras, ele ficou com vergonha e cometeu suicídio. Ele pegou a extensão do fio elétrico que estava lá, amarrou na janela e se enforcou. Isso o Guará Macambira é ciente (advogado Yguaraci). O Guará era advogado dos caras (trabalhadores), e recebeu a notícia que o CANTÉ, tinha acabado de se suicidar. Mas daí em diante começou uma peregrinação da viúva do finado Canté, tentando receber essa conta. E ela foi, talvez achando que ele se comovesse em pagar, ela foi falar com o prefeito que na época era o Rui Corrêa. Depois de muito tentar, ela conseguiu falar com ele. Ai ele disse que quando Tribunal de Contas do Município aprovasse as contas, ele iria pagar. Pois o Tribunal de Contas do Município provou. Ai eles disseram que agora iriam mandar para o Tribunal de Contas do Estado. Ai o Tribunal de Contas do Estado, depois de 1 ano aprovou. Ai eles disseram que tem que entrar no orçamento, os vereadores tem que aprovar. Ai eu falei na época com o Presidente da Câmara, o Mário Feitosa. Ele simplesmente, rapidamente, disse: “não, deixa comigo” que vou botar em votação amanhã. Realmente no outro dia ele me entregou. Ai entreguei para a viúva, e ai ela foi para lá conversar de novo com o prefeito (Na época ainda era o Ruy Corrêa). O prefeito na época disse que não poderia pagar agora de uma vez, mais que iria pagar parcelado, ai ele disse: “tudo bem”. E nisso passou-se tempo, tempo, tempo e ela indo todo dia para a Câmara, lá para a prefeitura, e nisso ela fez um desabafo, que era covardia o que estavam fazendo com uma viúva, que o marido dela tinha morrido, por causa do dinheiro dessa Câmara que nunca tinha recebido, e que ela ia denunciar. E nisso vinha passando o Alexandre Von, que era secretário de administração. (Von não era Secretário de Administração e sim de Planejamento). Ele ouviu e disse para ela: “quem a senhora pensa que é para denunciar Rui Corrêa? Rui Corrêa é prefeito da cidade e a senhora é quem? A senhora, não é ninguém. Vá denunciar onde a senhora quiser. A senhora não é ninguém...” Realmente a viúva percebeu que realmente ela não era ninguém. Ai ela deixou pra lá. Disse que não ia mais lá. Foi embora, e colocou na justiça. E esse processo perambula na justiça há 10 anos, 15 anos, e conclusão. Os vereadores que são os defensores do povo, e passam o dia todo, indo para a Câmara. O lugar que eles frequentam, nunca foi pago, e tem o sangue derramado, do construtor, do cara que fez, que se matou, por causa que nunca recebeu. E nunca recebeu nenhuma homenagem dos vereadores, pelo menos de colocar o nome dele lá. Além de não pagarem, de darem um calote, eles ficam mudo e calado do jeito que estão hoje no grupo (do WhatsApp). Todos os vereadores leram a notícia, mais ninguém comenta. Eles colocaram uma venda e um algodão no ouvido. Não estão escutando, e nem vendo. Eles não sabem o que falar uma hora dessas. Estou desafiando qualquer um desses vereadores a provarem que a câmara está paga. Que o lugar que eles frequentam está pago. Então não é casa do povo. Só será a Câmara do Povo quando estiver paga. Quando eu compro um carro, ele só é meu quando está pago, quando não está pago ele é do banco. Então foi o que aconteceu, é continua sendo da ‘família Canté. Nunca pagaram... Obrigado!” (O Blog Informa: o texto original foi adaptado para proteger a fonte da informação)

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