PRIPYAT REVELA ORGANOGRAMA DA PROPINA NA ELETRONUCLEAR
A Operação Pripyat, deflagrada nesta quarta-feira, 6,
aponta para o suposto envolvimento em esquema de propinas nas obras de Angra 3
ex-dirigentes dos altos escalões da Eletronuclear – ex-diretor técnico Luiz
Antonio de Amorim Soares, ex-diretor de Administração e Finanças Edno Negrini,
ex-diretor de Planejamento, Gestão e Meio Ambiente Persio José Gomes Jordani,
ex-superintendente de Gerenciamento de Empreendimentos Luiz Manuel Amaral
Messias e ex-superintendente de Construção José Eduardo Brayner Costa Mattos.
Todos ocuparam cargos importantes na hierarquia da estatal, segundo a
Procuradoria da República. Eles teriam recebido da empreiteira Andrade
Gutierrez vantagens ilícitas em dinheiro vivo ou por contratos fictícios com
empresas laranjas. O ex-presidente da Eletronuclear, almirante da reserva Othon
Luiz Pinheiro, que se encontrava em prisão domiciliar, teve sua prisão
preventiva decretada pela Justiça Federal do Rio ‘diante da demonstração da
manutenção de sua influência na estatal’. Othon foi preso pela Operação Lava
Jato em julho de 2015, por ordem do juiz federal Sérgio Moro, mas o processo
sobre corrupção em Angra foi deslocado para a Justiça Federal do Rio em decisão
do Supremo Tribunal Federal. Desde dezembro, o almirante estava em regime
domiciliar, com tornozeleira eletrônica. Nesta quarta, 6, ele foi preso
novamente ma Operação Pripyat. Segundo a Procuradoria da República no Rio, a
Eletronuclear ‘auxiliou’ Othon em sua defesa na ação penal em andamento contra
ele na 7ª Vara Federal Criminal. O atual presidente da Eletronuclear, Pedro
José Diniz Figueiredo, foi afastado de suas funções ‘por haver evidências de
que cometeu favorecimento pessoal em favor de Othon Luiz e interferiu no
regular andamento das investigações internas que estavam sendo levadas a cabo
por Comissão Independente de Investigação instituída pela Eletrobrás’. Leia
mais no Estadão.
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