quarta-feira, 16 de novembro de 2016

● Olha, olha, turma do Parazinho viciada nesse ‘tar’ de “Cheque Moradia”, o Cheque Cidadão tá dando xilindró no Rio de Janeiro – depois, depois... O Garotinho tá em cana

PF PRENDE ANTHONY GAROTINHO, EX-GOVERNADOR DO RIO
A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira (16) o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho (PR). A ordem de prisão preventiva foi solicitada pelo MPE (Ministério Público Eleitoral). Garotinho, que esteve à frente do Executivo fluminense entre 1999 e 2002, também foi deputado federal --exerceu mandato até 2015. Contra ele, a PF cumpriu ainda mandado de busca e apreensão.
Agentes da delegacia da Polícia Federal em Campos dos Goytacazes, reduto eleitoral da família Garotinho, cumpriram a ordem de prisão na casa do político, na manhã de hoje, no bairro do Flamengo, zona sul da capital fluminense. Atualmente, o ex-governador ocupa o cargo de secretário municipal de Segurança, em Campos, onde sua mulher é prefeita. Leia mais aqui 

A ordem de prisão faz parte das investigações referentes ao uso do programa Cheque Cidadão para compra de votos na eleição em Campos.
O UOL entrou em contato com uma fonte que trabalha diretamente com o ex-governador e que afirmou ter sido "pego de surpresa" com a notícia. A fonte afirmou ainda que os advogados já estão se mobilizando. O UOL não conseguiu ouvir a defesa de Garotinho.
Até o fim desta manhã, Garotinho permanecia detido na sede da Polícia Federal da capital fluminense, na Praça Mauá, onde ele chegou acompanhado da filha, a deputada federal Clarissa Garotinho (PR). Ambos estão em uma sala com vidro fumê, onde conversam com policiais. A imprensa aguarda do lado de fora. Nas próximas horas, ele vai ser transferido para a delegacia da PF em Campos a fim de prestar depoimento.
Há um mês, a PF prendeu oito pessoas, entre as quais dois vereadores, por conta de crimes eleitorais em Campos. De acordo com o inquérito, os vereadores Miguel Ribeiro Machado, o Miguelito (PSL), 51, e Ozéias Martins (PSDB), 47, ofereceram o benefício do Cheque Cidadão em troca de votos.
Na ocasião, a polícia explicou que os envolvidos promoviam reuniões e registravam cópias dos documentos dos eleitores para inclusão no programa, sem que estes fossem submetidos a uma etapa obrigatória de avaliação por parte de assistentes sociais.
Os vereadores recebiam os cartões do benefício e distribuíam aos eleitores pessoalmente. Em troca, os beneficiários prometiam votar nos candidatos. A fraude causou a explosão na base social do programa, elevando o volume de benefícios, avaliados em R$ 200 mensais por cada pessoa inscrita, em mais de 100% de junho de 2016 até outubro, de acordo com a PF.
Em seu blog, Garotinho criticou o magistrado que determinou a prisão da dupla de vereadores ao afirmar que, se não tivesse lido o texto da decisão, poderia pensar que "algum estagiário escreveu e o juiz sem perceber assinou". Para ele, a ordem era justificada pela "presença constante de advogados" nos interrogatórios com as testemunhas.
"Francamente quem o juiz esperaria que estivesse na delegacia da Polícia Federal para acompanhar um depoimento prestado a uma autoridade policial. Um engenheiro? Um professor de Física? Um comentarista esportivo?", questionou o ex-governador e ex-deputado federal.
Em nota, a defesa de Garotinho diz que a prisão é "arbitrária e ilegal". "A prisão a qual está submetido o ex-governador é abusiva e ilegal e decorre de sua constante denúncia de abusos de maus tratos a pessoas presas ilegalmente naquela comarca [da 100ª Vara Eleitoral de Campos]", diz a nota.
"A Justiça certamente não permitirá que este ato de exceção se mantenha contra Garotinho", diz o texto. 

Derrota nas eleições deste ano
Na eleição deste ano, o grupo de Garotinho sofreu uma derrota em Campos, município no norte do Estado governado desde 2009 por sua mulher, Rosinha Garotinho (PR). O próprio ex-governador foi eleito prefeito da cidade duas vezes, em 1989 e 1996. O candidato de Garotinho, Dr. Chicão (PR), foi derrotado por Rafael Diniz (PPS), que venceu no primeiro turno.
Em outubro, o TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio) aprovou a cassação do mandato de Rosinha à frente da Prefeitura de Campos. Para o relator do processo, o desembargador eleitoral Marco Couto, o portal oficial da prefeitura de Campos na internet foi usado para promover os dois políticos, com o propósito de favorecer a reeleição de Rosinha, em 2012. Com a decisão judicial, ela e o vice ficaram inelegíveis por oito anos por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.
Atualmente, a filha do ex-governador, Clarissa Garotinho, é uma das lideranças do PR no Rio. Ela fez parte da costura política que marcou a aliança com o prefeito eleito da capital, Marcelo Crivella (PRB), e foi responsável por indicar o vice dele na chapa, Fernando Mac Dowell (PR). 
(Uol)

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