Não consta que o setor florestal paraense tenha colocado
em risco de envenenamento nenhuma pessoa, mas nos últimos 7 anos o governo
Jatene eliminou de 80 mil a 100 mil postos de trabalho na atividade madeireira
e de lenhosos.
Essa mão de obra desempregada, essencialmente rural e sem
qualificação, imigrou aos centros urbanos, como a grande Belém, e é o epicentro
social causador da explosão de violência e miséria que “elevou” (a que méritos
chegamos!) nossa Região Metropolitana como um dos locais mais violentos e com
uma das piores qualidades de vida do Mundo.
Isso poderia ter sido evitado bastando ser criada
conferência entre os empresários, os sindicatos de trabalhadores e o setor
técnico-científico. Isto porque o Pará possui um corpo de engenheiros
florestais e agrônomos, tendo como base a Embrapa/PA e a UFRA, entre os mais
capacitados do Mundo no domínio da melhor tecnologia de ponta em ciências
florestais e de produção madeireira. Mas nos dois mandatos, o governo Jatene
colocou na SEMAS pessoas alheias a esses conhecimentos, os quais, por sua vez,
lotaram em postos-chave servidores de mediocridade proverbial, que sequer
conhecem e, por isso, nunca poderia adotar os estudos científicos, elimiando
qualquer possibilidade de desenvolver esse potencial produtivo legal, numa área
em que temos vocação econômica, e que não legalizada permitirá que a
clandestinidade corra à solta, mas gerando riqueza em outros estados.
Na manhã inteira entrando pela tarde de sexta-feira, dia
16, boa parte do “governo” de Simão Jatene, incluindo o próprio, estiveram
(des)ocupados em atividades que não se pode dizer que tenham sido uma vadiagem
inútil: de cerimônias de autopromoção à boemia tendo à frente como estrela o
próprio Jatene na cantoria e no violão instalados no auditório da SEMAS –
Secretaria de Estado de Meio Ambiente, da qual participou ainda ainda a cúpula
dessa Secretaria.
Não se pode atribuir o rótulo inofensivo de inútil quando
desocupados ocupam cargos fundamentais à sobrevida das atividades econômicas e
sociais e, assim, impedem que agentes trabalhadores, honestos e eficientes
ajudem no licenciamento de empreendimentos geradores de riquezas (como de
empresários agropecuários, as vítimas preferenciais do infindável burocratismo
que alimenta os círculos viciosos corruptos de dificuldades enredadas num
matagal normativo de portarias, resoluções e instruções normativas).
O passatempo desses desocupados e de seus convidados (os
emblemáticos Luiz Fernandes Rocha, Secretário de Segurança, e o deputado
federal Wladimir Costa mantiveram-se abraçados confraternizando sabe-se lá o
que) não se pode também chamar de inútil pela grande nocividade das suas
omissões: o funcionamento assassino de estruturas poluidoras como a da Hydro
Alunorte não seria possível sem que essa trupe organizada para permitir o crime
não existisse ali, beneficiando-se com o conforto das vantagens que lhes
confere esse clima de festa e despreocupação.
Após os seus longos e constantes momentos de festa nas
repartições públicas, Jatene e sua trupe irá trabalhar, com a sua obcecada preocupação
unicamente nos 1.300 empregos da Hydro Alunorte, que são mais importantes que
as 60 mil vidas diariamente envenenadas pelos rejeitos químicos que ela lança
diretamente nos rios da região.
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