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sábado, 25 de agosto de 2018

● Começaram a brigar - Está a maior ingrisilha no comando de campanha do Bolsonaro, o PSL quer assumir, mas os filhos do 'mito' não deixam.

● GRUPOS DISPUTAM CONTROLE DA CAMPANHA DE BOLSONARO - Uma disputa pelos rumos da candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) nas eleições 2018 provocou divisão no comando da campanha do candidato – líder nas pesquisas de intenção de voto no cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nos últimos dias, as diferenças ficaram explícitas em temas como o comparecimento do candidato a debates e a escolha do vice da chapa presidencial. Um dos grupos é formado por antigos seguidores de Bolsonaro e reúne seus filhos e assessores egressos das Forças Armadas. O outro tem políticos do PSL, legenda à qual o parlamentar se filiou em março deste ano. O grupo formado pelos irmãos Eduardo Bolsonaro (deputado federal por São Paulo), Flávio (estadual no Rio) e Carlos (vereador na capital fluminense) tenta evitar que o presidenciável adote recomendações do presidente do PSL, Gustavo Bebianno, e do vice, Julian Lemos. Em geral, quando os dois tomam alguma decisão, enfrentam oposição e críticas do trio, que tenta influenciar o pai. Frequentemente, Bolsonaro adota posição intermediária ou muda de rumo seguidas vezes, com decisões ou declarações contraditórias. A divergência mais recente ocorreu nesta quinta-feira, 223, quando Bebianno anunciou que Bolsonaro não participaria mais de debates nos meios de comunicação, durante agenda no interior de São Paulo. Minutos depois, o candidato disse que não faltaria aos confrontos já agendados. Carlos, que não estava na atividade de campanha, postou mensagem numa rede social: “Bolsonaro tem ido a palestras, entrevistas, sabatinas e debates desde o início, e desde o mesmo início de sempre (sic), os mesmos bandidos inventam a narrativa de que ele não iria”. A divisão já tinha marcado o processo de escolha do candidato a vice-presidente da chapa. Foi a dupla de dirigentes partidários que conduziu as conversas com a professora Janaina Paschoal e com o senador Magno Malta (PR-ES). Após as negativas de ambos, Julian, via Instagram, começou a trabalhar o nome de Luiz Philippe de Orleans e Bragança – da família real brasileira –, apresentando-o como possível vice. A atitude irritou o grupo dos filhos de Bolsonaro. Eles reagiram pelas redes sociais com declarações ásperas. “Determinados assuntos têm que ser resolvidos internamente e divulgados apenas quando há certeza”, comentou Eduardo no Instagram de Julian no mês passado. “Mas a vontade de aparecer fala mais alto e muitos tentam ser o pai da criança. Conselho: faça as coisas por satisfação própria e será recompensado, buscar holofote só atrapalha.” (Estadão)

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