● PARINTINS AMAZONAS: TEMA: “NOSSA LUTA EM POESIA” - AMAZÔNIA:
nossa luta em poesia Eldorado, paraíso perdido, inferno verde, terra da
promissão, pulmão do mundo, pátria das águas e espelho da vida. São muitas as
referências e estereótipos sobre a mais importante floresta tropical do
planeta. Resultados de expedições, excursões e de curiosos olhares sobre esta
prodigiosa floresta. Tantos avanços e mistérios desvelados pela ciência e por
inquietos navegadores na busca de curas para as doenças, de antigas fórmulas
farmacêuticas, de novas descobertas científicas. Também na gana de explorar, saquear
e se apropriar das nossas riquezas. E assim, a Amazônia foi inventada, reduzida
a dualismos, geografismos e biologismos, nos quais o critério para marcação de
seu território deixou de lado a cultura dos povos e comunidades tradicionais da
região, as relações entre as pessoas e a natureza, os pertencimentos dados pela
terra, as autodefinições e a sua história social. Entre a ciência e a
exploração desmedida da Amazônia, existe um olhar mais profundo, verdadeiro e
transcendental. Um olhar da própria floresta, de seus mitos e ritos, de seus
povos originários: indígenas, ribeirinhos e caboclos, gente das águas e da
floresta. Um olhar que fala, que observa, que se vê na terra; terra que é
planta, bicho e gente, essa gente-floresta que nasceu nas cabeceiras e
“centrões”, sobre as águas ou até mesmo debaixo delas. Essa gente-cunhantã que
corria nas capoeiras e subia nas árvores para se jogar nos
"beiradões". Essa gente ribeirinha moldada de chão, esmaltada pelo
sol. Gente-memória, que carrega em suas mentes tantas histórias... do seu povo,
de seres e deuses. Mas principalmente gente-luta, armada de poesia, que de
forma terna nos embevece entre trilhas e emoções. O poder da encantaria faz
morada na mãe do corpo que se traduz na dança de terreiro, rua e curral, no
bailar festivo do dois pra lá e dois pra cá, no sorriso da criança e no
brinquedo de São João. Esse entrelaçar de corpos e vida forja a identidade
Caprichoso, que em 108 anos de histórias sagrou-se detentor de uma arte de
luta, resistência e revolução pelo saber popular, unindo cantos, danças e
visualidades, poesias que se refletem nas gigantes alegorias, no traçado da
indumentária, na paleta de cores a alegrar tecidos e formas - um milagre
amazônico na ilha de Parintins, a ecoar pelo mundo a importância do seu cuidado
e a defesa de suas tradições. Caprichoso... boi negro, preto, feito de pano e
espuma, de esperanças e lutas, que mais uma vez, reforça sua identidade
altaneira, nesse território que é nosso corpo e nosso espírito, nossa sede e
vida... Amazônia, nossa luta em poesia. Sinopse do tema: Conselho de Arte - Boi
Bumbá Caprichoso, Parintins, AM, Brasil. Conselho de Arte - Boi Bumbá
Caprichoso 2022 Ericky Nakanome (presidente) Edwan Oliveira Edvander Batista
Márcio Braz Jair Almeida Zandonaide Bastos Socorro Carvalho Ronaldo Barbosa
Paulo Victor Costa Diego Omar da Silveira Adriano Aguiar
segunda-feira, 27 de junho de 2022
● CAPRICHOSO É O CAMPEÃO 2022 – Com o tema “Amazônia, nossa luta em poesia” o boi-bumbá Caprichoso, venceu o 50º Festival Folclórico de Parintins 2022.
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