Seria, então, esse o encontro que Marcos do Val diz que
iria relatar para Alexandre de Moraes. Cabe contextualização: 12 de dezembro
foi o dia da diplomação de Lula e Alckmin. À noite, bolsonaristas incendiaram
veículos e tentaram invadir a superintendência da PF em Brasília.
Dois dias antes desse encontro do dia 9, Marcos do Val
teria sido abordado por Daniel Silveira no Congresso. Silveira teria dito que
Bolsonaro precisava falar urgente com o senador e ligou para o
então-presidente. No telefone, Bolsonaro teria chamado Marcos para o Palácio.
Daniel Silveira também fez questão de pedir para que se
fale por códigos sobre a reunião e mandou o seguinte áudio: “Vou te mandar a minha
localização, mas tu não entras não, no Alvorada. E nem chega perto da entrada.
Tu não vai aparecer. Tu vai parar o carro no estacionamento que eu vou te
mandar a localização. Eu vou estar ali. O carro vai vir buscar a gente” Foi
nesse contexto que Marcos do Val teria avisado Alexandre de Moraes, já no dia
7, que algo estava estranho.
Na reunião, Daniel Silveira teria pedido a Bolsonaro para
“apresentar o plano que salvaria o Brasil”: gravar Alexandre de Moraes. Jair
Bolsonaro afirmou que já estava tudo esquematizado com o GSI e a ABIN e apenas
cinco pessoas saberiam do plano, incluindo os três.
Marcos do Val teria afirmado que iria pensar sobre o assunto e Daniel Silveira passou os próximos dias enviando mensagens ao senador tentando convence-lo de que o plano era seguro, pois envolveria alguém “5 estrelas” A reunião entre Marcos do Val e Alexandre de Moraes aconteceu no dia 14. O senador não respondeu nenhuma mensagem de Daniel Silveira nesse período e teria relatado tudo ao ministro do STF, no intervalo da sessão daquele dia. “Não acredito”, teria dito Moraes. (Fonte: Camarote da República)
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