●
COM 1 MILHÃO DE CERTIFICADOS, PARÁ FARÁ PRIMEIRA EMISSÃO DE CRÉDITOS DE CARBONO
EM JUNHO - O estado do Pará deve fazer sua primeira emissão de créditos de
carbono na London Climate Action Week, que acontece no dia 30 de junho. A
comunicação do governador Hélder Barbalho confirmou à CNN que a
operação vai envolver cerca de 1 milhão de créditos.
Não há informações sobre o valor ou as empresas
envolvidas. Em dezembro, na COP28 em Dubai, Barbalho se reuniu com um grupo de
representantes de companhias globais interessadas em transações no mercado
de carbono.
Na ocasião, foi apresentado às multinacionais o processo
de construção do sistema de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação
Florestal (REDD+) no Pará, que possibilita as transações no mercado de carbono.
Foi criada uma companhia estatal para administrar essas operações.
A administração estadual indica ter carteira de R$ 156
milhões de créditos, o que significa um potencial de cerca de R$ 10 bilhões.
Também nesta agenda, o Pará trabalha em edital de
concessão para recuperação da vegetação nativa. A iniciativa faz parte da
implementação do Plano de Recuperação da Vegetação Nativa, cuja meta é
recuperar 5,6 milhões de hectares no Estado até 2030.
A expectativa do Executivo é de que 2,7 milhões de
toneladas de CO2 sejam sequestradas da atmosfera ao longo dos 40 anos de
concessão. Barbalho vê o modelo como atrativo tanto para o estado quanto
para os investidores, visando a exploração de créditos de carbono no
mercado voluntário.
● Helder cobra Norte global
Também presidente do Consórcio Amazônia, Helder Barbalho
cobrou, em evento realizado na Universidade Harvard e no Massachusetts
Institute of Technology (MIT) no domingo (7), que
o “Norte global” financie as soluções que a floresta tropical pode
oferecer à transição verde e ao combate das mudanças climáticas.
“O mundo tem reportado à Amazônia a responsabilidade pelo
equilíbrio climático. O Norte global, que se industrializou e é o principal
emissor de gases que comprometem o meio ambiente, olha como se fossemos os
causadores. Queremos ser soluções, mas precisamos que as soluções baseadas na
natureza sejam financiadas”, disse.
Ainda participou da mesa com Barbalho Sonia Guajajara,
ministra dos Povos Indígenas. Ela mencionou os desafios de formular a pasta,
criada em 2023 pelo governo Lula. Sobre os trabalhos do Ministério, destacou
que houve no último ano a demarcação de oito territórios indígenas, enquanto os
dez anos anteriores totalizaram onze. (Fonte: Danilo Moliterno
da CNN)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Fique a vontade para comentar o que quiser, apenas com coerência e sem ataques pessoais.