Na manhã do dia 21 de junho, por volta das 6h30 (horário local), durante a caminhada, Juliana se sentiu cansada e pediu para parar. Ao retornar com o guia, ela escorregou em um terreno escorregadio próximo ao limite da cratera e deslizou por uma extensão estimada entre 300 e 600 metros por um despenhadeiro íngreme.
Horas depois, turistas que sobrevoavam o local com drones detectaram sua presença e relataram que ela ainda apresentava sinais de vida, chegando a emitir pequenos sinais de comunicação. Equipes de resgate foram acionadas imediatamente, contando com cerca de 50 profissionais, drones e três helicópteros.
No entanto, as operações enfrentaram dificuldades extremas devido ao terreno instável, composto por areia fina e rochas soltas, além da neblina densa que limitava a visibilidade e aumentava o risco de novos deslizamentos. As cordas usadas para o salvamento eram curtas demais para alcançar Juliana, e a retirada por helicóptero tornou-se inviável diante das condições climáticas adversas.
Durante os quatro dias de buscas, equipes acompanharam os movimentos da brasileira, que infelizmente foi se deslocando para áreas ainda mais perigosas, complicando o acesso dos socorristas. A família de Juliana manifestou-se publicamente, desmentindo rumores sobre a entrega de água e agasalhos à jovem, e criticando a divulgação de vídeos que mostravam supostas tentativas de resgate, classificando-os como falsos.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil classificou o ocorrido como uma tragédia e afirmou que está atuando em parceria com a embaixada em Jacarta para prestar todo o suporte necessário à família e acompanhar os procedimentos locais. A morte de Juliana provavelmente foi causada pela combinação de fatores relacionados à queda e à exposição ao ambiente hostil. A queda violenta de centenas de metros em um despenhadeiro íngreme pode ter provocado traumas graves, como fraturas múltiplas, traumatismo craniano e hemorragias internas, que por si só são potencialmente fatais.
O uso de cordas inadequadas para o terreno, a ausência de uma equipe especializada em resgates de alta montanha e a falta de estratégias para retirada aérea geraram indignação entre especialistas e familiares da vítima. Durante quatro dias, Juliana permaneceu em um local visível, emitindo sinais de vida, mas nenhuma ação efetiva foi realizada para alcançá-la a tempo. A própria família afirmou que não houve entrega de água, comida ou cobertores, desmentindo vídeos divulgados nas redes sociais que sugeriam tentativas de socorro. As imagens, segundo eles, são enganosas.
Voar tão próximo da cratera de um vulcão ativo, em baixa altitude, com visibilidade zero e ventos imprevisíveis, colocaria em risco também a vida dos pilotos e socorristas. Se o helicóptero sofresse uma rajada de vento lateral, poderia bater nas rochas e explodir. Ela poderia ter sido salva se o país tivesse estrutura técnica, clima favorável ou equipes treinadas. Mas não teve nada disso. A neblina, o terreno e a falta de preparo criaram uma combinação fatal. Juliana morreu vendo o céu, mas sem que ninguém pudesse (ou soubesse) como chegar até ela.
FONTE: https://x.com/CrimesReais - @CrimesReais
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