SERVIDORES DO ESTADO AMEAÇAM ENTRAR EM GREVE
Servidores públicos do Estado vão tentar, na próxima
quinta-feira (10), mais uma vez, chegar a um acordo com o governo para garantir
reajuste salarial. Dezessete centrais e sindicatos estão convocando um ato para
as 8h, em frente à sede da Secretaria de Estado de Administração (Sead). Ontem,
o grupo enviou ofício pedindo nova audiência com a titular da Sead, Alice
Viana.
Os servidores reivindicam reajuste de 15%, mas o governo
acena com reposição de perdas de 5,5% e esse percentual não beneficiaria os
funcionários públicos que já tiveram aumento por conta do reajuste do salário
mínimo. Além disso, os trabalhadores querem aumento do tíquete alimentação de
R$ 300 para R$ 500 e reajuste do valor das diárias pagas durante viagens.
“Hoje, quando um servidor viaja, o valor da diária não cobre
nem os custos com hospedagem”, diz o secretário geral da Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB/PA), Cléber Rezende. Continue lendo...
A pauta dos servidores inclui ainda a revogação, pelo
governador Simão Jatene, de dois decretos publicados no ano passado que preveem
cortes em gratificações e a proibição de reestruturação de órgãos públicos, o
que na prática inviabiliza a implantação de planos de cargos carreiras e
salários.
No protesto de amanhã, os servidores devem fazer uma
assembleia para analisar a proposta apresentada pelo governo até agora e a
tendência é de que ela seja recusada. Será votado também um indicativo de greve
por tempo indeterminado.
“Diante da intransigência do governo Jatene demonstrada mais
uma vez na última reunião com as entidades, no dia 3 de abril, e sua opção pelo
confronto ao não aprovar nenhuma das reivindicações da pauta dos trabalhadores,
nos resta o caminho da luta. A categoria não aceita o ínfimo reajuste salarial
de apenas 5,5%, onde o governo descarta qualquer possibilidade de aumento real
de salário e exclui todos os servidores que já receberam reajuste pelo salário
mínimo”, diz nota assinada pelas centrais e sindicatos e divulgada ontem.
SEAD
SEAD
Em nota, a Sead informou que o governo do Estado tem
desenvolvido uma política de remuneração, mas admitiu que houve perdas “em
decorrência da inflação”. O governo diz ainda que contabiliza mais de 160
reuniões com entidades sindicais. A remuneração média do servidor hoje, de
acordo com a Sead, é de R$ 4 mil.
“Na última quinta-feira, 3, em reunião com as entidades
sindicais representativas, foi concedido um reajuste de 5,5% linear para todos
os servidores públicos estaduais, exceto os que possuem lei específica, o que
impacta em R$ 26 milhões a folha de pagamento do Estado, considerando ativos e
inativos, percentual que atende tanto as disposições da lei eleitoral quanto as
disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)”, diz a nota.
Hoje, o Estado compromete 47,59% de gasto com pessoal e por
isso, segundo o governo, a reivindicação de reajuste em 15% “é inviável no
momento”. (Diário do Pará)

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