ADVOGADO PARAENSE É ASSASSINADO EM MANAUS
O advogado paraense Jakson Souza e Silva, 45, presidente
da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Parauapebas, assassinado
com um tiro de escopeta caseira no sábado passado em Manaus (AM), pode ter sido
vítima de um crime de encomenda, já que estava em lista de marcados para morrer
da OAB-PA e já tinha denunciado ameaças anteriormente.
É o que sustenta o presidente da OAB-PA, Jarbas
Vasconcelos, que esteve ontem em Manaus com a comissão que acompanha o caso
junto a autoridades locais.
O crime ocorreu por volta das 23h40, na rua 15 de
Outubro, situada no bairro Redenção, zona Centro-Oeste de Manaus. De acordo com
a Polícia Militar do Amazonas, Jakson Souza e Silva foi abordado por dois
homens em uma moto enquanto caminhava.
O carona empunhava a escopeta e efetuou o disparo, que
atingiu o abdome do advogado. Ele chegou a ser socorrido por populares e levado
ao Serviço de Pronto Atendimento Alvorada de Manaus, mas não resistiu aos
ferimentos.
A PM confirmou que não foram levados pertences da vítima.
Com o advogado foram encontrados R$ 1.900 em dinheiro, um notebook e um
smartphone.
VIAGEM
Natural de Santana do Araguaia, no sul do Pará, Jakson
trabalhava em Parauapebas, a 719 quilômetros de Belém. A polícia ainda não
confirmou o motivo da viagem, mas informou que o advogado pode ter ido a Manaus
pelo aniversário de uma amiga.
A polícia deve usar imagens do circuito de vigilância de
uma casa para tentar identificar os suspeitos. O titular da Delegacia
Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Ivo Martins, afirmou que a
polícia também tenta descobrir se o advogado foi seguido do Aeroporto
Internacional Eduardo Gomes, de Manaus, até o local do crime. Continue lendo...
Em 2012, o nome de Jakson Souza foi citado na apuração
pelo assassinado do também advogado Dácio Antônio Cunha, morto na porta do
kitnet onde morava.
Pouco depois do assassinato, testemunhas contaram à
polícia que Jakson e a advogada Betânia Amorim foram vistos entrando no prédio
de Dácio, que morava só.
A morte foi investigada pelo delegado Glauco Valentin, da
Divisão de Homicídios de Belém. Em outra frente de apuração, a polícia
amazonense conta com a possibilidade do advogado ter se dirigido a Manaus para
tratar de assunto de um cliente.
Uma comissão de advogados da OAB-PA seguiu ontem pela
manhã para Manaus, a fim de acompanhar as investigações e tratar da liberação
do corpo da vítima para sepultamento. A diretoria da Ordem no Pará acredita que
o crime foi encomendado.
Fazem parte da comissão que partiu para o Amazonas o
presidente da OAB-PA, Jarbas Vasconcelos, o conselheiro da seccional Robério
d’Oliveira e o vice-presidente da Comissão de Defesa das Prerrogativas da
instituição, Rodrigo Godinho.
O grupo está sendo acompanhado pelo presidente da OAB no
Amazonas, Simonetti Neto. “Estamos resolvendo o processo de liberação do corpo
para ser levado ao Pará e lá ser velado e enterrado”, disse ontem Simonetti.
A comitiva da OAB e a esposa de Jakson Silva foram à
Delegacia Especializada e Homicídios e Sequestros (DEHS) de Manaus. Depois, o
grupo se reuniu com delegado-geral do Amazonas, Orlando Amaral.
A OAB-PA decretou luto de três dias pela morte e até o
fechamento da edição ainda tratava da remoção do corpo de Jakson para
Parauapebas, no sudeste do Pará, onde ele será velado e sepultado.
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(Diário do Pará com agências)
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