domingo, 25 de janeiro de 2015

● Saiba por que a Indonésia fuzila traficantes e pare de escrever bobagens nas redes sociais

A título de curiosidade, aquilo é uma migalha diante da meia tonelada de pasta de cocaína descoberta no helicóptero dos Perrelas, mas isto é outra história.
A Indonésia tem as penas mais duras para tráfico de drogas do mundo, e não é à toa.
É efeito das Guerras do Ópio, e aí é que entram os britânicos na história do brasileiro prestes a ser fuzilado.
As Guerras do Ópio, ambas no século 19, são talvez o capítulo mais vergonhoso do imperialismo britânico.
A Inglaterra importava três produtos chineses em grande quantidade: seda, chá e porcelana. Os ingleses tinham um brutal déficit comercial com a China.
O que fazer?
A Inglaterra vivia a Revolução Industrial, e entendeu que poderia vender aos chineses uma série de quinquilharias. Um navio inglês, comandado por um certo Lorde MacCartney, foi mandado para a China com os produtos destinados a equilibrar a balança comercial dos dois países. Continue lendo...
O problema é que os chineses não se interessaram por nada.
Foi quando entrou em cena o ópio. A Inglaterra, berço da civilização, começou a contrabandear para a China o ópio que produzia na Índia.
Foi um horror para a sociedade chinesa. São célebres as imagens de casas de ópio na China, em que as pessoas se consumiam num estado de letargia e alienação.
Obra dos ingleses
Num certo momento, o governo chinês impôs leis duras para o contrabando de ópio. Antes, o imperador mandou uma carta à Rainha Vitória na qual ponderava que era injusto o que a Inglaterra fazia.
Da China, recebia porcelana, chá e seda. Em troca, cobria os chineses de ópio, proibido na Inglaterra.
A rainha, se leu a carta, não se manifestou.
Diante das dificuldades que surgiram para o contrabando, a Inglaterra decidiu fazer uma guerra, em meados dos anos 1 800.
O pretexto era que a China estava ferindo os princípios do livre comércio.
A China não teve como enfrentar as forças inglesas, adestradas nas guerras napoleônicas.
E o ópio foi imposto.
Batidos, os chineses não tiveram o que fazer. Armaram, depois, uma resistência, e as coisas apenas pioraram.
Veio a Segunda Guerra do Ópio, na qual a Inglaterra praticamente destruiu a China. Tomou territórios como Hong Kong e, suprema bofetada, colocou no comando da alfândega chinesa um inglês.
É simplesmente extraordinário que a China, devastada, tenha conseguido se reconstruir e ser o que é hoje.
Os estudiosos atribuem esse milagre ao confucionismo, a cultura de alto conteúdo de sabedoria prática que domina a China.
A única vitória – não pequena, aliás – da China foi ter conseguido dar o nome de Guerras do Ópio aos horrores praticados pelos britânicos em nome do livre comércio.

Toda moeda tem os dois lados. Entendo a sua explanação pelo compromisso mas, os ingleses não são um bom exemplo. (Comentário feiro no Post do Andrey Malheiros)

Um comentário:

  1. Esse teu titulo ta meio dubio, Nelson Vinecci, vamos explicar melhor???
    É pro Rapaz do perfil deixar de escrever nas redes socias? ou os leitores deixarem de escrever acerca do assunto da Indonésia??

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