DILMA QUER ANUNCIAR ‘PACOTE DO BEM’ PARA ACALMAR ALIADOS
A presidente Dilma Rousseff quer anunciar medidas para
melhorar o ambiente econômico. Seria uma espécie de “pacote do bem”, que
ajudaria a criar um ambiente favorável de negócios e convenceria empresários a
manter investimentos para evitar a estagnação da economia que se desenha para
este ano. Na reunião de coordenação política do governo, realizada na
sexta-feira, 23, no Palácio da Alvorada, a presidente Dilma discutiu pontos do
pacote com os ministros. Os estudos, no entanto, não preveem nenhum tipo de desoneração
ou benefício a setores específicos que pudessem criar impacto nas contas
públicas, sob rígido controle do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Em Davos,
na Suíça, Levy não participou da reunião. O objetivo é adotar medidas para
injetar ânimo na economia, facilitar o funcionamento de alguns setores que
estariam travados e desburocratizar algumas regras. Dilma deu, por exemplo,
sinal verde ao Plano Nacional de Exportações em preparação pelo ministro do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, para
estimular as exportações. Em reunião anterior, a presidente orientou o ministro
a usar todos os instrumentos do governo para fortalecer as vendas ao exterior.
As medidas não prejudicam o ajuste, já que passam por incentivo ao fechamento
de acordos comerciais, desburocratização na cobrança de tributos e aceleração
dos trâmites do comércio exterior. São medidas que fazem diferença no dia a dia
das empresas, mas não teriam impacto nas contas do Tesouro. Além dos estímulos
às exportações, o ministro pediu medidas de simplificação tributária, ainda que
não representem redução da carga de impostos, além da retomada do programa de
concessões em infraestrutura. (Tânia Monteiro e Lu Aiko Otta, Estadão Conteúdo)
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