Menos de um mês
depois da estreia triunfal do colunista Lauro Jardim, egresso de Veja, o jornal
O Globo, da família Marinho, se retrata em sua primeira página para evitar uma
dura condenação cível e criminal
brasil247.com
O risco de uma das mais pesadas condenações judiciais da
história da imprensa brasileira, tanto no âmbito cível como criminal, levou o
jornal O Globo, dos irmãos Marinho, a se retratar neste domingo. Na retratação,
O Globo admitiu que a nota publicada na "estreia triunfal" de Lauro
Jardim, egresso de Veja, no dia 11 de outubro, é falsa.
Naquele dia, há menos de um mês, Jardim publicou como
"furo exclusivo" que Fábio Luis Lula da Silva, um dos filhos do
ex-presidente Lula, teria sido citado na delação premiada de Fernando Soares, o
lobista conhecido como "Fernando Baiano", como beneficiário de um
pagamento de R$ 2 milhões.
Era mentira. Fábio Luis não foi citado por Baiano e, na
retratação de hoje, o Globo restabeleceu a verdade nos seguintes termos:
O GLOBO errou
Lulinha não foi citado na delação premiada de Fernando
Baiano
Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do ex-presidente
Lula, não foi citado pelo lobista Fernando Baiano na delação premiada que fez
na Operação Lava-Jato. O GLOBO, na coluna de Lauro Jardim no dia 11 de outubro,
errou ao dizer que Baiano afirmara ter dado R$ 2 milhões para pagar contas de
Lulinha. Na verdade, Baiano não citou o nome e disse que o também lobista e
pecuarista José Carlos Bumlai é que pediu o dinheiro alegando que seria para uma
nora de Lula.
Ao contrário da notícia de 11 de outubro, que foi manchete,
a nota deste domingo não foi a manchete principal do jornal. Embora tenha saído
na primeira página, a retratação não teve o mesmo peso da mentira e os
advogados de Fábio Luis ainda não decidiram que providências irão tomar.
Antes de se retratar, Lauro Jardim chegou a usar sua coluna
para atacar o advogado Roberto Teixeira, cujo escritório defende Fábio Luís,
por meio do advogado Cristiano Zanin Martins.
O Globo deve manter Lauro Jardim em seus quadros, mas o erro
grave do dia 11 criou sérios atritos entre Ali Kamel, diretor de jornalismo do
grupo, e Ascânio Sêleme, que comanda o jornal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Fique a vontade para comentar o que quiser, apenas com coerência e sem ataques pessoais.